Eventos criam áreas de acolhimento para lidar com casos de violência
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Eventos criam áreas de acolhimento para lidar com casos de violência

Especialistas explicam importância dessa iniciativa.

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Violência doméstica
Violência doméstica (Foto: Divulgação)

Um espaço que está se tornando comum em grandes festivais e outros eventos é o chamado espaço de acolhimento, local que conta com psicólogos, advogados e outros profissionais preparados para atender vítimas de violência durante a realização dos eventos. A iniciativa é vista com bons olhos e provavelmente vai se tornar padrão nos principais shows com grandes públicos no país. É claro que ninguém quer sair de casa e ir a um evento como esses para ter dor de cabeça. Mas infelizmente, em alguns casos, situações acontecem e este tipo de amparo é necessário.

A violência é uma clara violação dos direitos humanos, representa um ataque à dignidade e é uma negação da igualdade de gênero. Segundo Vanda Souza, diretora da empresa HEL Ecossistema, especialista em organização de eventos, espaços como esse são de suma importância: “Compartilhamos com total apoio a iniciativa de criação de espaços de acolhimento em grandes eventos. O tema, aliás, vem sendo tratado com frequência pela nossa organização, a fim de informar e conscientizar colaboradores”, afirma.

Vanda Souza, diretora da empresa HEL Ecossistema
Vanda Souza, diretora da empresa HEL Ecossistema (Foto: Divulgação)

Segundo Jacqueline Valadares, delegada de polícia e especialista no combate à violência contra a mulher, grupo que é mais atingido por violência e importunações em eventos, é crucial a adoção de uma abordagem abrangente, que envolva governos, instituições, organizações da sociedade civil e a sociedade em geral para combater a violência. Um dos exemplos é o decreto nº 67.856, de 1º de agosto de 2023, do governo de São Paulo, que exige medidas de auxílio às mulheres em situação de risco em bares, restaurantes, casas noturnas e de eventos, e que trata da capacitação de funcionários destes estabelecimentos, para combater o assédio e a cultura do estupro.

Jacqueline Valadares, delegada de polícia e especialista no combate à violência contra a mulher
Jacqueline Valadares, delegada de polícia e especialista no combate à violência contra a mulher (Foto: Divulgação)

“A lei estabelece ações como afixação de avisos, capacitação de funcionários, prestação de auxílio às vítimas, espaços de acolhimento, entre outras medidas. O decreto já está em vigor e prevê, inclusive, prazos para o treinamento dos colaboradores”, explica a delegada.