Brasil
Eleições municipais deste ano ainda correm risco
A mudança da data das eleições depende do Congresso
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(Foto: Reprodução/Agência Brasil)
O ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que há um “risco real” de que as eleições municipais de outubro, para escolha de novos prefeitos e vereadores, sejam adiadas em razão da pandemia do coronavírus. Barroso é o futuro presidente do Tribunal Superior Eleitoral, o TSE. O primeiro turno das eleições municipais está marcado para o dia 4 de outubro.
Nas cidades em que houver segundo turno a data prevista é 25 de outubro. A mudança da data das eleições depende do Congresso. “Por minha vontade, nada seria modificado porque as eleições são um rito vital para a democracia. Portanto, o ideal seria nós podermos realizar as eleições. Porém, há um risco real, e, a esta altura, indisfarçável, de que se possa vir a ter que adiá-las”, afirmou o ministro em transmissão ao vivo, em uma rede social, promovida pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).
Segundo Barroso, que vai suceder a ministra Rosa Weber, no final do mês de maio, na presidência do TSE, se não houver condições para realizar as eleições em outubro, o pleito, na avaliação dele, teria de ser feito “em poucas semanas, ou no máximo em dezembro, para não haver risco de se ter que prorrogar mandatos”.
Ele ainda se colocou contrário à hipótese de se fazer a eleição municipal junto com a eleição nacional, em 2022, o que exigiria a prorrogação por dois anos dos mandatos dos atuais prefeitos e vereadores. Para o ministro, o excesso de nomes para votação também comprometeria a qualidade do voto, para se fazer uma “escolha consciente”.
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