Brasil
Dia do Médico: Profissionais que atendem, zelam e inspiram
Data reforça a importância da profissão para a manutenção da sociedade
Atenção, cuidado e empatia. Essas palavras descrevem o trabalho exercido pelos médicos do Município do Rio, que, atuando nas mais diversas áreas que a medicina oferece, são capazes de vivenciar, contar e ressignificar histórias ao lado dos pacientes. Neste Dia do Médico, dia 18 de outubro, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) reforça a importância destes profissionais que dedicam seu tempo e estudo ao próximo, em meio a dias felizes e tristes, de realizações e de perdas.
Exercendo a profissão desde 1987, o Doutor Luiz Sérgio Zanini, de 60 anos, é um grande reflexo das possibilidades que a medicina é capaz de proporcionar. Após 30 anos sendo chefe do serviço de cirurgia plástica no Hospital Municipal Nossa Senhora do Loreto, operando crianças nascidas com fissura labiopalatina, o profissional encontrou na medicina de família e comunidade uma nova oportunidade de pôr em prática seus valores e princípios. E também de relembrar memórias afetivas das visitas ao consultório do seu pai, um conceituado clínico geral, que através da sua relação intimista com os pacientes despertou o interesse do filho em assistir, acolher e respeitar o próximo.
Há oito anos atuando na nova especialidade, Zanini enxerga a Atenção Primária à Saúde como sinônimo de empatia e amor. Para ele, o trabalho em territórios vulneráveis garante mais do que o acesso à saúde e aos direitos básicos do homem. A medicina de família e comunidade, diz ele, reforça o entendimento e a singularidade de cada indivíduo e falar sobre perfil de determinado paciente é falar sobre humanidade. Essa é a essência da medicina de família, que identifica as pessoas para além de um estereótipo pré-concebido e entendendo que as diversas situações de saúde se manifestam de formas diferentes em pacientes diferentes.
“Do mesmo modo que presenciei pessoas se dedicando de forma incansável aos seus familiares e conquistando resultados inimagináveis no ponto de vista da superação, eu também presenciei o abandono e a falta de esperança. São dois extremos da mesma situação e este cenário se intensifica ainda mais na Atenção Primária à Saúde, pois ao entrar na casa de várias famílias, percebi que o resultado do trabalho de um médico também está nas mesas de refeição, nas salas de conversas e nos travesseiros de noites longas”, completou Sergio Zanini sobre as adversidades testemunhadas na comunidade do Rio das Pedras, onde atua na Clínica da Família Helena Besserman Vianna.
Mais um exemplo de capacitação e boas práticas, a médica Guilhermina Galvão, de 74 anos, começou sua trajetória profissional como ginecologista/obstetra e proctologista. No Hospital Municipal Paulino Werneck, se deparou com o seu maior desafio profissional depois de assumir a direção da unidade, em 1997: como tratar a questão de idosos que passavam longos períodos no hospital, com internações repetitivas, devido às dificuldades das famílias de cuidar deles em casa. Foi então que, com seu marido, o também médico João Batista Gomes, desenhou e propôs o projeto piloto de atendimento a idosos em suas próprias casas, na Ilha do Governador, que em 2010 se tornaria uma política pública de saúde da Prefeitura do Rio, chegando a todas as regiões da cidade como o Programa de Atenção Domiciliar ao Idoso (PADI).
‘’O programa alcançou mais do que os objetivos iniciais, de que o atendimento domiciliar fosse uma alternativa para a aceleração da recuperação do paciente e o resgate da qualidade de vida daquele idoso. Nos dias atuais, o PADI também auxilia na redução do tempo médio de internação nas unidades de saúde e na liberação dos leitos hospitalares, e já não é mais voltado exclusivamente a idosos, atendendo também pessoas de outras faixas etárias que tenham mobilidade comprometida ou estejam acamados’’, diz a Dra. Guilhermina, que nem pensa em se aposentar, seguindo firme e forte no atendimento domiciliar a seus pacientes e na defesa e fortalecimento do SUS.