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‘Dano estrutural’: avião que caiu em Vinhedo ficou 4 meses em manutenção

Avião da VoePass que caiu em Vinhedo tinha histórico de problemas estruturais e falhas mecânicas. Investigação apura as causas do acidente

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ATR 72-500 da Voepass. Foto: Divulgação/Instagram/@voepassoficia

O avião da VoePass que caiu em Vinhedo na última sexta-feira (9) ficou em manutenção por quatro meses devido a um “contato anormal” com a pista que causou “dano estrutural” na cauda da aeronave. O incidente ocorreu em março, durante um voo entre Recife e Salvador, conforme revelou o Fantástico, da TV Globo, no domingo (11).

Após o incidente, a aeronave foi enviada para reparos em Ribeirão Preto (SP), onde permaneceu até julho. Mesmo após a manutenção, o ATR-72-500 sofreu uma despressurização em um voo entre Ribeirão e Guarulhos, levantando novas dúvidas sobre sua segurança.

“Teve dano estrutural. Que tipo de correção foi efetuada pelo grupo VoePass na sua manutenção, para disponibilizar a aeronave a voo?”, questionou Ruy Guardiola, especialista na operação de ATRs.

Além dos problemas estruturais, ex-funcionários relataram falhas no ar-condicionado e no sistema antigelo da aeronave, o que poderia ter contribuído para o acidente. Guardiola revelou que, em 2019, presenciou uma solução improvisada para um problema no sistema antigelo em um avião da mesma empresa.

A hipótese de gelo nas asas, semelhante a um acidente ocorrido há 30 anos nos Estados Unidos com outro ATR, foi levantada por especialistas devido às condições meteorológicas no dia do acidente. As investigações estão em fase inicial e contarão com a análise de técnicos do Cenipa, da VoePass e especialistas internacionais.

Em resposta às questões levantadas pelo Fantástico, a VoePass afirmou que todas as informações sobre a investigação são restritas às autoridades competentes e que a aeronave estava “aeronavegável”, cumprindo todas as exigências legais. A empresa também garantiu que está apoiando as famílias das vítimas.

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