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Brasil foi o pior país da América do Sul no Pisa, diz ministro da Educação
(Correio Braziliense/Augusto Fernandes) A duas semanas de a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgar os resultados de 2018 do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), o ministro da Educação, Abraham Weintraub, antecipou que o Brasil obteve os piores resultados dentre os países da América do Sul. Em comparação com as nações latino-americanas, segundo ele, apenas os alunos da República Dominicana ficaram atrás dos brasileiros.
“O Brasil estará no último lugar da América do Sul. Nós seremos o fruto desses 16 anos de PT e abordagens esquerdistas”, disse o ministro nesta terça-feira (19/11). “É um absurdo que no 3º ano do ensino fundamental metade das crianças sejam analfabetas e não saibam escrever “eu jogo bola”. É um fracasso completo e absoluto. (Isso) é deixar o Brasil no último lugar na América do Sul, atrás de Peru, Colômbia, Chile, Argentina, Uruguai”, completou.
O Pisa é uma iniciativa de avaliação comparada, aplicada de forma amostral a estudantes matriculados a partir do 7º ano do ensino fundamental na faixa etária dos 15 anos, idade em que se pressupõe o término da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países. As avaliações do programa acontecem a cada três anos e abrangem três áreas do conhecimento: leitura, matemática e ciências.
Em 2015, o Brasil ficou na 59ª posição em leitura (com 407 pontos); na 66ª, em matemática (com 377 pontos); e na 63ª, em ciências (com 401 pontos). Peru e República Dominicana foram os únicos latino-americanos com notas inferiores às do Brasil. Segundo os números divulgados pela OCDE, 23.141 estudantes de 841 escolas brasileiras participaram do exame no país, o equivalente a 73% dos alunos de 15 anos no país à época.
Naquele ano, 70 países foram avaliados. Em 2018, de acordo com a OCDE, o número subiu para 79 e cerca de 500 mil estudantes fizeram o teste. Os resultados serão veiculados em 3 de dezembro.
Segundo Weintraub, o objetivo do atual governo federal é colocar o país “no topo da América do Sul e da América Latina”. Por outro lado, ele reconhece que será difícil para o país fazer frente aos resultados de nações de outros continentes.
“Infelizmente, a gente não vai conseguir, de uma forma racional, atingir ao final do seu (presidente Jair Bolsonaro) segundo mandato, patamares como o da Coreia (do Sul)”. Na amostra de 2015, o país asiático foi o 11º melhor colocado em ciências; e o 7º, em leitura e matemática.