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Bolsonaro diz que Brasil ‘não aguenta ficar dois ou três meses’ parado: ‘Vai quebrar tudo’

"Não pode fechar dessa maneira que atrás disso vem desemprego em massa, vem miséria, vem violência", afirmou o presidente

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"Não pode fechar dessa maneira que atrás disso vem desemprego em massa, vem miséria, vem violência", afirmou o presidente (Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República)

“Não pode fechar dessa maneira que atrás disso vem desemprego em massa, vem miséria, vem violência”, afirmou o presidente
(Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República)

(Por: Ingrid Soares/Correio Braziliense) O presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) voltou a dizer na manhã desta sexta-feira (3/4) que, caso o país continue seguindo restrição de governadores, com comércios fechados, “vai quebrar tudo”.

“É uma decisão do governador (Ibaneis). Acabei de ver um vídeo dele fazendo um churrasquinho em casa”, afirmou Bolsonaro sobre um vídeo do dia 21 de março, em que o governador do Distrito Federal faz um almoço para família, após ter dispensado empregados na residência.

“Vocês sabem meu posicionamento. Não pode fechar dessa maneira que atrás disso vem desemprego em massa, vem miséria, vem violência”, apontou.

O presidente ainda emendou: “Olha só, deixa eu falar para vocês aqui o que eu vejo que está acontecendo com as informações que eu tenho. Esse vírus é igual uma chuva, vai molhar 70% de vocês, tá certo? Isso ninguém contesta, que toda nação vai ficar livre de pandemia depois que 70% (da população) for infectada e conseguir os anticorpos. Ponto final. Agora desses 70%, uma pequena parte, que são os idosos e quem têm problema de saúde, vai ter problema sério, vai passar por isso também. O que estão fazendo é adiar para ter espaço nos hospitais. Mas tem um detalhe: a sociedade não aguenta ficar dois, três meses parada, vai quebrar tudo”.

Bolsonaro disse ainda que parte dos governadores faz “demagogia” com a crise e que há uma “disputa entre as autoridades de quem está mais preocupado com a vida de vocês (população)”.

Ao ouvir o apelo de apoiadores na porta do Alvorada para a reabertura de comércios, Bolsonaro disse: “A opinião pública aos poucos está vindo para o nosso lado. O político tem que ouvir o povo. Sabemos que vai ter mortes, ninguém nega isso. Mas morrem de gripe comum, morrem de H1N1”.

Em meio a uma oração pelo presidente, uma das simpatizantes afirmou que a ‘história dele não acabou’ e que o ‘melhor da sua vida está por vir’. Bolsonaro respondeu com um ataque aos jornalistas que trabalham no local: “Eu não cheguei aqui pelo milagre da facada e a eleição também para perder para esses urubus aí”, declarou. “Eles estão amontoados lá e vão falar de amontoação aqui”, declarou. Hoje, uma claque de cerca de 40 pessoas se apertava nas grades da residência oficial para ter a chance de ver o chefe do Executivo. A orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde é de evitar aglomerações.

Um outro apoiador presente no local disse a Bolsonaro: “Estamos esperando sua voz presidente”. E o chefe do Executivo respondeu: “Vai chegar a hora certa”. Bolsonaro se referiu a um decreto que está sob sua mesa para reduzir o isolamento social. Na noite da última quinta-feira, em entrevista para a Joven Pan, Bolsonaro reconheceu que ainda não tem o apoio social que gostaria para assinar a medida.

Na quinta-feira, ele afirmou que será forçado a “tomar alguma decisão” se “até semana que vem não voltar o trabalho, pelo menos gradativo”.

“Eu tenho um projeto de decreto pronto na minha frente para ser assinado, se preciso for. Considera as atividades essenciais toda aquela exercida pelo homem ou pela mulher e através da qual seja indispensável para levar o pão para casa. Se tiver que chegar esse momento eu vou assinar”, afirmou à Jovem Pan.