Brasil
Bolsonaro ameaça tirar verba da Saúde e da Educação caso veto sobre absorventes seja derrubado
Presidente da República ainda assegurou que o projeto de lei serviu como um "troféu político" para a oposiçãoO presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido), voltou a falar neste domingo (10) sobre o veto à distribuição gratuita de absorventes a mulheres e estudantes de baixa renda ou em situação de vulnerabilidade. Durante conversa com jornalistas no Guarujá, no litoral de São Paulo, o chefe do Executivo afirmou que caso o Congresso Nacional derrube a decisão, ele irá “tirar o dinheiro da Educação e da Saúde” para custear a ação.
“Se o Congresso derrubar o veto, vou tirar dinheiro da Saúde e da Educação. Vai ter que tirar de algum lugar”, declarou Bolsonaro.
Para o mandatário, o projeto de lei sobre a distribuição de absorventes serviu como “troféu político” da oposição. Ao barrar a distribuição do item de higiene, segundo o próprio presidente, ele ficou como o “malvadão” da história.
“A deputada, autora do projeto, ela sabe. A inteligência você pode usar para o bem e para o mal. Quando você tem um projeto com despesas, tem de apresentar a fonte de custeio. Se eu sancionar, estou incurso em crime de responsabilidade, a processo de impeachment. Agora, nessa linha de que tudo é fácil, ela podia apresentar um projeto passando o salário mínimo para R$ 5 mil”, disparou o chefe do Executivo, fazendo menção a deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) como criadora da proposta de forma errônea, já que o projeto é da parlamentar Marília Arraes (PT-PE).
Ainda durante a conversa com os jornalistas, o presidente da República ainda garantiu que a despesa causada pela distribuição dos absorventes seria superior a R$ 100 milhões. “Ela colocou em distribuição gratuita, mas não é uma cegonha que vai levar ao Brasil todo. Alguém tem de levar, tem de ter logística”, criticou.
O veto do presidente à distribuição gratuita dos itens de higiene foi publicado na última quinta-feira (07) no “Diário Oficial da União”. Na ocasião, Bolsonaro argumentou que o texto da proposta não estabeleceu fonte de custeio. Dessa forma, o projeto é inconstitucional.