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A cada 700 bebês que nascem no Brasil, um tem Síndrome de Down

Secretária Municipal da Pessoa com Deficiência fala sobre importância da inclusão

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A cada 700 bebês que nascem no Brasil, um tem Síndrome de Down
A cada 700 bebês que nascem no Brasil, um tem Síndrome de Down

De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, estima-se que, no Brasil, a cada 700 nascimentos, um é de uma criança com trissomia 21, o que totaliza cerca de 270 mil pessoas com síndrome de Down no país. As principais conquistas do Brasil nos últimos anos, segundo a jornalista Patrícia Almeida, cofundadora do Movimento Down, foram as nossas leis, que avançaram no sentido de garantir os direitos básicos às pessoas com T21. O SUS, por exemplo, oferece atendimento multidisciplinar.

Atualmente, o Brasil tem uma das leis mais avançadas no mundo, mas a sua implementação ainda é falha. Apesar de terem direito a estar em escolas regulares, muitas instituições ainda não aceitam essas crianças, e a sociedade tem atitudes capacitistas, que consideram que uma criança com deficiência é inferior a outras crianças.

Segundo a secretária municipal da pessoa com deficiência do Rio de Janeiro, Helena Werneck, o Brasil é um dos países que tem uma legislação mais progressista, avançada e abrangente para pessoas com deficiência no mundo. Mas essa legislação não garante a igualdade de oportunidades para pessoas com deficiência e com síndrome de down. “Ainda existe muito estigma, olhar de que as pessoas com deficiência produzem menos e que são incapazes. Esse é um olhar que vem de séculos atrás e que efetivamente faz com que haja uma barreira intransponível a coisas simples como o acesso ao trabalho, à escola e à moradia”.

Helena Werneck, secretária municipal da pessoa com deficiência do Rio de Janeiro (Foto: Divulgação)

As pessoas com síndrome de Down têm um fenótipo, uma aparência física que as identifica de imediato. Helena diz que, infelizmente, percebe-se que a sociedade julga que essas pessoas são incapazes. “É como se a julgássemos pela aparência física, padronizando a todos. Isso é um grande desafio, que só se quebra quando mais pessoas com síndrome de down estiverem mostrando seu trabalho, aparecendo na mídia, trabalhando com o que querem”, alerta.

Já avançou-se muito e este avanço tem trazido para o Brasil muitas possibilidades. Quando naturalizamos o olhar para determinado assunto, nós repensamos a forma como pensamos nele. Isso é ótimo, pois ajuda a ter uma sociedade inclusiva. E nessa forma de trazer informações atualizadas para a sociedade é que Helena faz um convite:

“Será realizada a segunda edição do Congresso Inclusão na Prática, no Rio de Janeiro, no dia 31 de agosto, com o tema ‘que futuro inclusivo queremos construir para as futuras gerações?’. Haverá palestras, participações de influenciadores digitais que vão reproduzir em suas redes o que aprenderão e o impacto disso na vida deles. É gratuito e acessível. Inscrições no site http://www.congressoinclusaonapratica.com/. Vamos transformar a sociedade para termos um Brasil melhor”.

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