Brasil
16,9% dos cargos de liderança em todo mundo são ocupados por mulheres, revela pesquisa
Presença feminina em posições de liderança ainda avança lentamente no BrasilA presença feminina em posições de liderança ainda avança lentamente no Brasil. Essa frase é destaque na divulgação da pesquisa realizada em 2020 pela Deloitte, com 8 mil empresas de 66 países. A pesquisa indica que as mulheres ocupam somente 16,9% dos cargos de liderança em todo o mundo, um progresso de 1,9% em relação ao último resultado de 2017. O levantamento revela ainda que o Brasil ocupa a 38ª posição no ranking dos países examinados, com apenas 8,6% dos postos de liderança exercidos por mulheres.
Esses números colocam em evidência um desafio conhecido na governança corporativa: a morosidade das mudanças para alcançar a equidade de gêneros. Outro ponto crítico enfrentado pelas mulheres é a discriminação apresentada no local de trabalho de formas cruzadas e múltiplas como assédio sexual, disparidade salarial de gênero e outras práticas desrespeitosas, que as impedem de progredir em suas carreiras e reivindicar posições de liderança.
Muitos avanços são necessários para evoluirmos na oferta de oportunidades e reconhecimento das mulheres para assumir posições de liderança nas empresas, a começar pela criação de políticas favoráveis à família, incentivo à cultura de inclusão e diversidade em todos os setores e indústrias.
Mesmo com nesse cenário, mulheres executivas, esportistas, cientistas ou líderes sociais estão conquistando visibilidade e inspirando outras mulheres e meninas a trilharem caminhos novos e cada vez maiores. Essa inspiração tem ousadia e desbrava os desafios dos esteriótipos e do preconceito.
“As novas gerações continuam a trazer campanhas e estratégias inovadoras para a luta pelos direitos das mulheres. E, atualmente, com a mídia desempenhando um papel crucial na amplificação das vozes e histórias da sociedade, precisamos de mais mulheres líderes representadas e com voz em todos os canais para alavancar as oportunidades, para refletir as histórias das mulheres na liderança e para acabar com a sub-representação e os estereótipos do feminino”, explicou a especialista em gestão de pessoas e educação corporativa, Bruna Morais.