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O que fez do Chevrolet Astra um ícone inesquecível para os brasileiros?

Chevrolet Kadett e Astra: A Evolução dos Hatches Médios no Brasil

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Chevrolet Eficiência e Acessibilidade em Um Carro Compacto
Créditos: depositphotos.com / josekube

O Chevrolet Kadett, lançado na Alemanha em 1984, chegou ao Brasil cinco anos depois, iniciando uma nova fase no mercado de hatches médios. Com a abertura do mercado para importados, surgiram novos desafios e oportunidades, como a chegada do Astra, que surgiu para suceder o Kadett, trazendo inovações significativas.

Inicialmente, o Kadett teve grande aceitação, mas com o tempo encontrou dificuldades para competir com novos modelos com quatro portas como VW Pointer e Fiat Tipo. Neste cenário, o Astra belga destacou-se, trazendo novidades que elevaram o padrão dos hatches médios no Brasil.

Adaptação do Astra para o Brasil

Com uma política cambial favorável às importações, a GM trouxe o Astra da Bélgica no final de 1994 para substituir as versões mais caras do Kadett. O desafio foi adaptar o Astra às condições brasileiras, já que as motorizations europeias não eram adequadas. Assim, o motor Família II de 2 litros e 8 válvulas foi produzido no Brasil e enviado para a fábrica da Opel na Antuérpia para ser utilizado no Astra.

Por que o Astra se destacou no mercado?

Com 4,05 metros de comprimento, o Astra trouxe uma evolução em relação ao Kadett. Apesar de seu entre-eixos ser apenas 1 cm menor que o seu antecessor, oferecia um espaço interno mais confortável e 60 litros a mais no porta-malas. A aerodinâmica também era um ponto forte, com um coeficiente de arrasto de apenas 0,32.

  • Direção hidráulica
  • Barras de proteção nas portas
  • Cintos com pré-tensionadores
  • Travas, espelhos e vidros dianteiros elétricos

Os itens opcionais incluíam rádio/toca-fitas, ar-condicionado e airbags dianteiros. O acabamento interno seguia o padrão dos veículos Opel, com bancos revestidos em tecido de qualidade e materiais plásticos bem-acabados.

Desempenho do Astra no Brasil

Mecanicamente, o Astra era semelhante ao Vectra, com suspensões McPherson à frente e eixo de torção na traseira, garantindo um bom equilíbrio entre conforto e estabilidade. A transmissão e a aerodinâmica aprimorada resultaram em um desempenho destacável. O Astra brasileiro acelerava de 0 a 100 km/h em 10,94 segundos, superando concorrentes como o Pointer GTI e o Tipo 2.0 SLX. O consumo médio era de 11,55 km/l, também um ponto forte do modelo.

Impacto no mercado nacional

Apesar das suas vantagens, a presença do Astra belga foi curta no Brasil. Em fevereiro de 1995, o governo aumentou o imposto de importação de 20% para 70%, tornando sua importação inviável. Isso levou ao término da importação do modelo em 1996 após a venda de cerca de 36.000 unidades. A saída do Astra prolongou a carreira do Kadett até 1998. No entanto, a segunda geração do Astra, lançada em 1998 e produzida em São Caetano do Sul (SP), consolidou a posição do Astra no mercado brasileiro, permanecendo em produção por 13 anos.

Especificações Técnicas do Astra

  • Motor: 4 cilindros em linha, 1.998 cm³, comando simples no cabeçote, 116 cv a 5.200 rpm, 17,3 mkgf a 2.800 rpm
  • Câmbio: manual de 5 marchas, tração dianteira
  • Dimensões: comprimento de 402 cm; largura de 160 cm; altura de 142 cm; entre-eixos de 251 cm; peso de 1.106 kg
  • Rodas e pneus: 175/65 R14

O colecionador Rafael Santos, de São Paulo, possui um exemplar muito bem conservado do Astra, incluindo raras rodas de liga leve. Apesar da retirada do Astra do mercado ter prolongado a vida útil do Kadett até 1998, a segunda geração do Astra rapidamente conquistou os brasileiros e manteve-se relevante por mais de uma década.

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