O lado escuro da mobilidade elétrica: A verdade por trás da BYD - Super Rádio Tupi
Conecte-se conosco

Automobilismo

O lado escuro da mobilidade elétrica: A verdade por trás da BYD

BYD: A face oculta dos carros elétricos. Descubra os problemas e controvérsias que envolvem a marca chinesa.

Publicado

em

(Foto: Divulgação)

Recentemente, uma grave situação envolvendo condições de trabalho precárias foi descoberta nas obras da fábrica da BYD em Camaçari, Bahia. A construtora terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda, responsável por parte das obras, foi denunciada por submetê-los a condições análogas à escravidão. Esse caso levanta sérias preocupações sobre os direitos trabalhistas e a responsabilidade das empresas na contratação de terceirizadas.

Uma operação conjunta envolvendo o Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e outros órgãos resultou no resgate de 163 trabalhadores em condições degradantes. As investigações revelaram que os funcionários enfrentavam jornadas extenuantes e viviam em locais de trabalho com infraestrutura inadequada, sem respeito aos direitos básicos garantidos pela legislação brasileira.

(Foto: Divulgação)

Como foram descobertas as condições precárias nas obras da BYD?

A denúncia inicial partiu do MPT, que já vinha investigando as práticas trabalhistas da Jinjiang. A situação culminou em uma operação que confirmou as violações, incluindo jornadas de trabalho excessivas e insalubridade nos alojamentos e na alimentação fornecida aos trabalhadores. A força-tarefa decidiu então interditar as obras sob a responsabilidade da empresa terceirizada e determinar a rescisão dos contratos irregulares dos trabalhadores.

Os relatos dos trabalhadores destacaram períodos de trabalho contínuo sem descanso adequado, além de restrições à liberdade de movimentação. As condições eram tão precárias que muitos estavam subordinados a maus tratos e agressões, além de ter seus salários em parte retidos para envio à China.

Quais são as repercussões para a BYD?

A BYD, ao ser notificada como corresponsável pelas irregularidades, anunciou a rescisão do contrato com a Jinjiang. O processo foi tumultuado, considerando que a parceira global foi trazida pela própria BYD para tocar obras de grande porte, tanto no Brasil quanto fora dele. A decisão de rescisão imediata do contrato veio acompanhada da promessa de garantir os direitos trabalhistas dos funcionários envolvidos.

A empresa procurou se distanciar das práticas ilegais da terceirizada, afirmando colaborar plenamente com as investigações em andamento. Mesmo após o incidente, o compromisso declarado da BYD é manter a conformidade com a legislação brasileira e assegurar a dignidade e segurança dos trabalhadores em seus projetos.

O que esperar no futuro das operações da BYD?

Com a rescisão do contrato e a remoção dos trabalhadores para acomodações temporárias em hotéis da região, a BYD tenta corrigir os problemas identificados. A expectativa é que novas auditorias e ajustes sejam implementados para prevenir futuras violações. A companhia reiterou a intenção de monitorar de perto as práticas trabalhistas de suas contratadas e promover um ambiente de trabalho humanizado e ético.

Esse caso se configura como um aviso não apenas à BYD, mas a todas as empresas que terceirizam suas operações, sobre a importância de se fiscalizar e assegurar que os direitos humanos e trabalhistas sejam priorizados nas cadeias de suprimento e contratação.

Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *