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Automobilismo

O fim de uma era: Renault Sandero se despede após 17 anos

Fim de uma era: Renault Sandero sai de linha após 17 anos de sucesso no Brasil.

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O Carro Mais Acessível do Brasil em 2024
Créditos: depositphotos.com / ifeelstock

Após 17 anos de uma trajetória marcante no mercado automotivo brasileiro, o Renault Sandero saiu de linha, encerrando sua produção na fábrica de São José dos Pinhais (PR). Lançado no país em 2007, o hatch compacto passou por diversas atualizações e conquistou uma legião de seguidores ao longo dos anos. A decisão da Renault de descontinuar o modelo em território nacional se alinha à estratégia da montadora de focar em segmentos mais rentáveis, como os SUVs compactos.

O Renault Sandero foi um dos primeiros modelos da marca revelado fora da Europa. Desenvolvido pela Dacia, a submarca da Renault especializada em veículos de baixo custo, ele rapidamente se destacou em um mercado já dominado por veteranos como o Fiat Palio e o Volkswagen Gol. Desde seu lançamento, o Sandero foi uma opção atrativa para motoristas graças ao seu custo-benefício e à durabilidade diante das condições desafiadoras das estradas brasileiras.

(Foto: Divulgação)

Uma Jornada Inovadora e Duradoura

A primeira geração do Sandero chegou ao Brasil com motores 1.0 e 1.6 aspirados, sendo um carro global apresentado no Salão de Frankfurt em 2007. Desde o início, o modelo foi projetado para ser uma solução prática e acessível, capaz de competir com outros hatches populares. Com a segunda geração lançada na Europa em 2012, a Renault conseguiu expandir ainda mais seu alcance, oferecendo um veículo robusto a um preço atraente.

A partir de 2014, o Sandero passou a ser produzido no Brasil em sua segunda geração, incorporando aperfeiçoamentos que mantiveram sua popularidade entre os motoristas. O destaque ficou por conta da versão Stepway, que adotou uma postura de mini SUV para atender às novas preferências do mercado.

(Foto: Divulgação)

Por que a Renault Descontinuou o Sandero no Brasil?

Com o tempo, o segmento de hatches compactos enfrentou uma retração significativa no Brasil. Modelos icônicos como o Chevrolet Corsa, Ford Fiesta e Renault Clio também deixaram de ser produzidos, acompanhando a tendência de queda na demanda. A Renault, seguindo uma estratégia semelhante à de outros fabricantes, optou por concentrar esforços no crescente mercado de SUVs.

A terceira geração do Sandero, lançada na Europa em 2020, não chegou a ser introduzida no Brasil, refletindo a escolha da montadora em priorizar modelos mais lucrativos. O Sandero Stepway, sua última variação em circulação, também foi descontinuado, marcando o fim de uma era para o hatch no cenário nacional.

Legado e Impacto no Mercado Automotivo

A história do Sandero no Brasil é marcada não apenas por suas especificações técnicas e preços competitivos, mas principalmente por sua capacidade de adaptação ao longo dos anos. O modelo RS, por exemplo, trouxe um motor 2.0 de 150 cv que cativou jovens motoristas e entusiastas de esportivos, oferecendo desempenho a um custo acessível.

Mesmo com o término de sua produção, o Sandero continua sendo lembrado por muitos consumidores como um símbolo de praticidade e resiliência, características que contribuíram para seu sucesso. A Renault, ao redirecionar seu foco para os SUVs compactos, simboliza uma nova fase que busca acompanhar as tendências e demandas do mercado global.

O Futuro da Renault no Brasil

Com a saída do Sandero, a Renault pretende expandir sua presença no mercado de SUVs, alinhando-se com as preferências dos consumidores que buscam veículos mais espaçosos e versáteis. O recém-chegado Renault Kardian representa um passo nessa direção, apresentando-se como uma alternativa moderna e atrativa no portfólio da marca.

À medida que a indústria automotiva evolui, a Renault demonstra seu compromisso em se reinventar e adaptar suas estratégias conforme as necessidades do mercado. Embora o Sandero tenha deixado um legado duradouro, a marca prepara-se para novas conquistas e desafios que o futuro reserva.

1 comentário

1 comentário

  1. Beto

    31 de janeiro de 2025 em 21:52

    Acabou com o Sandero que hoje simplesmente é o carro mais vendido na Europa em sua terceira geração. Alega que mercado de Hatchs compactos está em queda, porém os carros mais vendidos no país são justamente Hatchs compactos. Dizia que queria se distanciar da Dacia, porém relançou o Dacia Stepway europeu com o nome de Kardian e ainda mantém em linha Duster e Orochi, todos da Dacia. A Renault está perdida.

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