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Automobilismo

Brasil na Fórmula 1: o que esperar de Gabriel Bortoleto em 2025?

Prodígio do automobilismo é agenciado por Fernando Alonso e vai competir pela atual última colocada do grid

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Foto: Reprodução.

O anúncio do paranaense Gabriel Bortoleto como piloto da Sauber para 2025 reacendeu a esperança de um futuro glorioso para o Brasil na Fórmula 1. Será a volta do país ao grid mais cobiçado do automobilismo mundial desde a aposentadoria de Felipe Massa, ao fim de 2017. No período, foram duas aparições pontuais de Pietro Fittipaldi, substituído o lesionado Romain Grosejean.

Bortoleto tem a carreira agenciada pelo bicampeão mundial Fernando Alonso e foi o campeão da Fórmula 3 em 2023. No momento, é o líder da Fórmula 2 e fazendo parte do programa de jovens pilotos da tradicional McLaren. Logo, diante das expectativas, é possível traçar o passo a passo e fazer alguns paralelos para definir o que esperar.

Carreira da ‘base’ parecida com prodígios do grid atual

Caso confirme o título da F2, Gabriel tem de tudo para chegar à Fórmula 1 tendo desempenho similares aos de Geroge Russell (Mercedes) e Oscar Piastri (McLaren). Antes, Leclerc (Ferrari) e Verstappen (Red Bull) também chegaram após períodos consistentes nas categorias de acesso. De todos os citados, somente Piastri estreou já numa equipe de ponta, mas ficou um ano sem correr até se desvincular da Renault.

Assim como Russell na Williams e Leclerc na Alfa Romeo, Bortoleto não terá condições de vitória no primeiro ano e terá como prioridade apresentar ritmo de corrida e, no melhor dos cenários, conquistar alguns pontos. Pra isso, será necessário aprender e superar com o companheiro de equipe, que é um dos mais tradicionais do grid atual.

Hulkenberg terá papel importante na evolução

Como todos os pilotos emergentes, o primeiro desafio de Gabriel Bortoleto será bater seu companheiro de equipe. O alemão Nico Hulkenberg, de 37 anos, nunca conseguiu protagonismo por não defender as equipes de ponta, mas sempre foi considerado promissor e competitivo. Mesmo na limitada Hass, ocupa a 10ª colocação no mundial de pilotos com 17 pontos de vantagem para o parceiro de equipe, também experiente, Kevin Magnussen.

A mescla entre experiência e juventude faz parte dos planos na tentativa de mais uma equipe virar potência. Em 2025, começará o procedimento de transição entre Sauber para a Audi. A montadora alemã assume o controle total da operação a partir do ano seguinte no intuito de virar uma potência, algo que a equipe suíça nunca conseguiu e só chegou perto nos tempos de BMW.

Bons resultados não devem ser imediatos

No momento, a Sauber é a última colocada no mundial de construtores e ainda não chegou perto de pontuar. Todas as atenções do time que tem Valtteri Bottas e Zhou Guanyu já estão voltadas para o carro do ano que vem. Ainda assim, não há uma garantia de que a equipe vai começar de forma competitiva já no começo de 2025.

Com todas as limitações de momento, num primeiro momento, é possível projetar dois objetivos iniciais. O primeiro é andar perto e, na medida do possível, superar Hulkenberg. Depois, fazer o time pontuar e contribuir com um orçamento melhor para o ano de 2026, que é o considerado mais promissor.

Temporada com muitas estreias pode ser favorável

Depois de muitos pilotos ficarem por muito tempo de forma inexpressiva no grid, o ano de 2025 será de muitas estreias. Alguns pilotos que entraram no decorrer do atual campeonato ou apareceram de formas pontuais estarão no grid. Ainda há possíveis duas brechas na Red Bull, caso Pérez seja demitido, e da Racing Bulls, que não anunciou quem será o companheiro de Tsunoda. O argentino Franco Colapinto, atualmente na Williams, é cotado.

Então, ainda com duas vagas em aberto para eventuais novatos, vão estrear de forma integral O italiano Kimi Antonelli (Mercedes), o inglês Oliver Bearman (Haas) e o australiano Jack Doohan (Alpine). Todos terão um processo similar ao que será vivido por Gabriel Bortoleto.

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