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Ciência e Saúde

Síndrome de Burnout: Verdades sobre diagnósticos e tratamentos para a ‘doença do trabalho’

Doença está em 3º lugar depois da depressão e distúrbio de ansiedade nos atendimentos em consultórios psicológicos

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Síndrome de Burnout: Verdades sobre diagnósticos e tratamentos para a 'doença do trabalho'
Síndrome de Burnout: Verdades sobre diagnósticos e tratamentos para a 'doença do trabalho' (Foto: Marcelo Camargo/ Divulgação: Agência Brasil)

 

Você já ouviu falar em Síndrome de Burnout? É considerada uma doença crônica prolongada provocada por condições de trabalho negativas. Está em terceiro lugar depois da depressão e distúrbio de ansiedade nos atendimentos em consultórios psicológicos; mas tem tratamento. Recentemente a Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou-a como doença ocupacional e desde dia 01 de janeiro de 2022 foi categorizada como CID 11.

De acordo com o Portal Drauzio Varella a Síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico caracterizado pelo estado de tensão emocional e estresse provocados por condições de trabalho desgastantes. Professores e policiais estão entre as classes mais atingidas.

Sudorese, manchas do corpo, aumento da pressão arterial, sono, dor de cabeça e estômago são alguns dos sintomas físicos que a doença ocasiona. Na parte psicológica está a ansiedade, baixa autoestima, irritabilidade, perda de memória e de sono. A psicóloga clínica Wilsimara Souza explicou que a Burnout começa com uma situação de estresse no ambiente de trabalho e gera sintomas físicos. A alta da doença está acontecendo na retomada da normalidade no período pandêmico em que as pessoas passam pelo momento de crise gerado pela síndrome. “No início do ano ela passou a ser considerada uma doença do trabalho. Merece atenção e gera vários sintomas”, frisou.

Wilsimara Souza

Wilsimara Souza, psicóloga clínica (Foto: Divulgação)

 

A inclusão do distúrbio com o CID 11 ainda gera dúvidas em relação a outras doenças como ansiedade e depressão. A própria psicóloga traça um perfil de diferenciação dessas patologias. “A diferença entre a Burnout e a crise de ansiedade é que essa última acontece esporadicamente em determinado espaço de tempo. Já a Burnout desenvolve sintomas fixos e também desenvolve gatilhos, onde a pessoa só de pensar em ir para o trabalho já pode entrar em crise”, explicou.

Mas a pós graduanda em Terapia Cognitivo Comportamental também explicou que a síndrome tem diagnóstico certo e tratamento. “O diagnóstico acontece em uma ação conjunta entre psicólogo e psiquiatra através de um laudo. O mais importante é que a pessoa aprenda a lidar para enfrentar esse processo. As pessoas que são diagnosticadas com a Burnout precisam entender o limite e aprender a ter o controle das sensações.  O limite é muito individual e cada um tem o tempo e espaço. Outro ponto é desacelerar e incluir no dia a dia momentos de lazer e regularizar o sono”, finalizou Wilsimara Souza, que também é pesquisadora sobre as relações e relacionamentos do contemporâneo.