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‘Rainha do Insulto’: Conheça o humor ácido da comediante Danubia Lauro
Humorista vem conquistando os fãs de Stand Up Comedy com suas piadas mórbidas, abordando temas delicados como morte e depressão
Com seu estilo de humor ácido, Danubia Lauro vem ganhando espaço na cena de comédia nacional, compondo o elenco das principais casas de comédia do Brasil. A humorista vem conquistando os fãs de Stand Up Comedy com suas piadas mórbidas, abordando temas delicados como morte e depressão. Seus vídeos já alcançaram milhões de visualizações em redes como Youtube, Tik Tok e Instagram.
Em reportagem exclusiva à Super Rádio Tupi, Danubia disse que é especialista na modalidade “Roast”, conhecida no Brasil como “Fritada”, que é uma forma de humor em que um convidado de honra é submetido a piadas às suas custas, com a intenção de divertir a plateia. A intenção é que o Fritado seja capaz de levar as piadas com bom humor e não como críticas sérias. Sobre esse estilo de comédia a humorista explica: “Eu adoro fazer as Fritadas porque além de insultar, eu também sou insultada com as piadas, e exercito a minha capacidade de não me importar com o que as pessoas pensam. Todo mundo se insulta no palco, mas ninguém leva nada para o pessoal, no final todo mundo se abraça e celebra o espetáculo”.
Quem popularizou esse estilo de humor no Brasil foi o Humorista Diogo Portugal com o programa de TV “Fritada” que teve duas temporadas pelo canal Multishow, e hoje continua como espetáculo nos principais teatros e comedy clubes de São Paulo. Além da participação no “Fritada”, Danubia também compôs elenco do Quadro Fight De Piadas no programa The Noite com Danilo Gentili na SBT, “Meus amigos costumam dizer que eu sou cruel. Na escola eu era a rainha do insulto, tinha a língua afiada para me defender dos bullyings que os meninos faziam, e ninguém ganhava de mim nas discussões. Hoje eu consigo trazer esse meu lado ácido pro palco, por isso que tem dado tão certo. Eu acho que a crueldade faz parte da natureza da comédia. O humorista é a versão moderna do palhaço, o bufão. Ele traz à tona o ridículo, o grotesco, o lado podre do ser humano”.
No seu texto de Stand Up a humorista satiriza e critica tudo na sociedade, inclusive ela mesma: “No meu texto eu falo mais de mim mesma e das minhas fragilidades e defeitos do que qualquer outra coisa, mas também costumo fazer observações sobre temas mórbidos. O riso vem pela culpa que o ser humano sente em ser cruel. Quanto à velha pergunta: “qual o limite do humor?”, acho que tudo se resume ao ambiente onde está sendo feita a piada. A natureza dos comentários que nós fazemos no palco não seria apropriado em público sob circunstâncias “normais”. A comédia também é sobre pisar em um território onde ninguém teria coragem de pisar. É sobre transgredir. As normas sociais precisam ser quebradas e reavaliadas a todo momento para criar espaço para progresso e evolução. Acredito que o papel do comediante é questionar e zoar a tudo e a todos”.