Capital Fluminense
Nora de idosa arrastada em assalto diz que escuta voz de bandido 24 horas por dia
Dona Eci Coutinho, de 72 anos, passou por uma cirurgia após ser arrastada por criminosos em assalto na Zona Norte do Rio“A sensação de revolta é muito grande. Ele fez isso por maldade, covardia. A gente não reagiu em nenhum momento. Eu não conseguiria somente olhar para a cara dele, eu partiria pra cima dele”, revelou Alex Coutinho, filho da Dona Eci Coutinho, de 72 anos.
Alex conduzia o carro levando a mãe, a esposa e os dois filhos, quando dois bandidos de moto, anunciaram o assalto na Avenida Sargento de Milícias, na Pavuna e roubaram o veículo.
Dona Eci ficou presa ao cinto de segurança e foi arrastada por 500 metros. Ela sofreu três fraturas e teve vários ferimentos pelo corpo.
A idosa colocou uma prótese no ombro e está internada no Hospital Getúlio Vargas, na Penha.
“Eu sinto um certo alívio, mas sinto muito ódio. Eu vi minha sogra morta. Escuto a voz dele no meu ouvido 24 horas por dia. Eu ouço a respiração dele. Eu tentei tirar a minha sogra duas vezes. A arma dele chegou a cair no chão. Eu peguei a arma junto com ele, mas ele foi mais esperto do que eu. Eu queria ficar frente a frente com ele. Isso que ele fez é inadmissível”, disse Aline Rodrigues, nora da idosa.
A família está na delegacia da Pavuna para fazer trabalho de reconhecimento do bandido preso pela polícia civil, apontado como um dos criminosos que arrastou Dona Eci.
Júlio César Ramos Bernardo foi preso, durante a noite desta quarta-feira (13), em um dos acessos à comunidade da Pedreira, em Costa Barros.