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Como identificar um transtorno alimentar?

Especialista aponta mudanças no comportamento e enfatiza procura por ajuda

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Como identificar um transtorno alimentar?
Como identificar um transtorno alimentar? (Foto: Divulgação)
Como identificar um transtorno alimentar?

Como identificar um transtorno alimentar? (Foto: Divulgação)

Você já sentiu vontade de abrir a geladeira e comer tudo que vê quando está estressado? Já comeu muito sorvete após o fim de um relacionamento? Situações que geram sentimentos como decepção, estresse ou ansiedade podem impulsionar o consumo desenfreado de alimentos. E quando isso se torna um distúrbio alimentar? Como identificar?

Os distúrbios são caracterizados pelas alterações na forma como nos alimentamos, sendo por uma grande e acentuada redução, ou com um aumento em determinado tipo de consumo de alimentos.

O psicólogo Raphael Amaral diferencia os tipos de distúrbios: “Quando há uma redução muito acentuada, uma visão distorcida sobre o corpo, ou algo do tipo, é identificada uma anorexia. Quando há um aumento de ingestão alimentar com algum outro episódio, como vômito, ou algum outro tipo de compensação, pode-se identificar uma bulimia ou uma compulsão alimentar, dependendo do tipo de alimento e da quantidade”.

Raphael Amaral

Raphael Amaral, psicólogo (Foto: Divulgação)

 

Raphael diz que, na maioria dos casos, os transtornos alimentares estão muito associados com o humor, à forma como encaramos as emoções e a ansiedade. “Muitas vezes, quando estamos deprimidos, aumentamos a ingestão alimentar para ter algum tipo de prazer, ou pode reduzir ela justamente por não termos mais apetite. Outra forma que isso acontece é quando estamos muito ansiosos e entramos em estágio de alerta. Ficamos muito tensos e nossas emoções ficam alteradas. A comida, muitas vezes, tem um significado prazeroso. Pode ser que tentamos encontrar algum tipo de conforto. Esse tipo de consumo pode favorecer o aparecimento de transtornos alimentares, ou até mesmo de obesidade”, explica.

Raphael ainda salienta que transtornos alimentares, principalmente a anorexia, afetam mais adolescentes e é raro acontecer após os 30 anos, enquanto que a bulimia e a compulsão alimentar aparecem muito mais nas pessoas adultas. “Principalmente por causa do ritmo de trabalho, pela forma de conforto com a alimentação ou até pelo comer noturno e pelo tipo de funcionamento da pessoa ao longo do dia. Infelizmente, poucas pessoas se apresentam para fazer tratamento, para tentar ajuda, para tentar algum tipo de forma de lidar com isso. Isso é muito importante para entendermos como tratamos, como identificamos, como podemos ajudar essas pessoas que estão sofrendo”.