Capital Fluminense
Secretário de Estado de Educação fala sobre casos de assédio sexual em colégio da Zona Norte do Rio
Alexandre Valle esteve no Instituto de Educação Carmela Dutra, em Madureira, na noite desta terça-feira (08)O secretário de Estado de Educação, Alexandre Valle, esteve na noite desta terça-feira (08) no Instituto de Educação Carmela Dutra, em Madureira, na Zona Norte do Rio, para acompanhar os desdobramentos e a apuração dos casos de assédio sexual envolvendo professores da unidade. Após se reunir com a direção, o secretário conversou com os jornalistas presentes e elogiou o trabalho feito pelo colégio diante destas denúncias.
“Imediatamente, a escola tomou as atitudes para o afastamento dos professores. Foi criada uma comissão de mulheres para acompanhar isso. Alunas que se sintam assediadas podem falar nesse grupo para tomarmos todas as atitudes necessárias. Foram realizadas reuniões com os pais aos sábados, tivemos reunião ainda com os alunos. Então, assim, a escola tomou todas as medidas cabíveis e necessárias. E assim nos continuaremos agindo”, assegurou Alexandre Valle.
O secretario destacou também que foi aberta pela pasta uma sindicância para apuração dos acontecimentos. Com relação às acusações das alunas contra dois professores, Alexandre Valle ressaltou que só chegou à Secretaria denúncia contra um único educador, que já foi afastado da sala de aula.
“O segundo caso, o que me foi relatado, é que começou a ter um murmurinho sobre o segundo professor, que não era um murmurinho forte e que imediatamente eles (a direção do colégio) pediram o afastamento dele. Mas não há um fato de denúncia concreta. Ninguém chegou e disse: ‘Olha aconteceu esse fato’. Então, pra que a gente evite qualquer tipo de problema maior, foi solicitado o afastamento até apuração de todos os fatos”, disse o secretário.
O corregedor da Secretaria de Estado de Educação, Conrado Lassance, acompanhou o secretário nesta ida ao Instituto de Educação Carmela Dutra. Ao falar com imprensa, ele garantiu que o processo de sindicância está sendo o mais célere possível.
“Assim que soubemos do fato, no próprio dia 2 de março, no primeiro dia útil subsequente foi instaurado a sindicância. Seguindo o preceito constitucional, as pessoas tem direito ao contraditório, ampla defesa, o que será concedido ao servidor. Ao final do processo, que será célere, avaliaremos a conduta dele e caso realmente o fato se comprove, será pedida a demissão dele no âmbito disciplinar. No âmbito criminal, o doutor Neílson ( Nogueira, delegado titular da 29ª Delegacia de Polícia de Madureira) é que dará a palavra final”, declarou.
Ainda segundo o corregedor, a expectativa é que a comissão de sindicância instaurada para investigar os casos se pronuncie com uma resposta até 10 de abril, após ouvir os envolvidos. No entanto, caso apreçam mais elementos, esse prazo poderá ser prorrogado.