Ciência e Saúde
Calvície também pode atingir as mulheres
Cerca de 5% das mulheres têm. Saiba porque isto ocorre e quais os tratamentos disponíveisDe acordo com uma pesquisa feita pela Sociedade Brasileira do Cabelo (SBC), em média 42 milhões de brasileiros são reféns da calvície. Cerca de 5% das mulheres brasileiras são acometidas pela alopecia, conhecida por calvície, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
A alopecia androgenética ou calvície é uma condição causada pela perda de cabelo. Engana-se quem pensa que é algo exclusivo dos homens. Ela também atinge mulheres, principalmente devido a questões hormonais, genéticas e psicológicas.
Segundo a médica e Dermatologista Lívia Maria Camargo, embora mais comuns nos homens devido a ação da DHT (di-hidrotestosterona), que afina os fios capilares progressivamente, a mulher também possui esse hormônio. A diferença é a ação protetora do estrógeno e da progesterona, presentes no organismo feminino.
Há algumas opções de soluções disponíveis. “O objetivo principal do tratamento é interromper ou retardar o afinamento progressivo dos fios e recuperar parte do volume capilar perdido ao longo dos anos sem tratamento. Há medicamentos, como o Minoxidil, por exemplo, de uso oral ou tópico, que ajuda a bloquear a ação dos derivados da testosterona no bulbo capilar e pode acelerar o crescimento dos cabelos. Já a Finasterida, de uso oral, reduz a formação do hormônio DHT e, consequentemente, a miniaturização dos fios”, explica a médica Lívia Maria.
As mulheres costumam sofrer mais com as questões, porque na maioria dos casos, ela está ligada a questões hormonais e psicológicas também. A gravidez é um dos momentos do aumento dessas quedas. “Em geral, a perda de cabelo ocorre após a gestação não durante. É o que chamamos de Eflúvio Telógeno”, comenta Lívia.
Na menopausa também podem ocorrer a queda de cabelo: “Isso acontece devido à diminuição da produção de estrogênio pelo ovário, que levará a entrada dos fios para a fase telógena (fase de queda capilar), a diminuição do estrogênio também provoca queda dos níveis de colágeno, que é a uma proteína fundamental na constituição dos fios”, completa a médica.
O cabelo mexe, principalmente, com a autoestima da mulher e enfrentar esse problema pode trazer outros ainda maiores, mas há esperança para resolvê-los: “Quando o tratamento clínico com medicações não surtir grandes efeitos podemos partir para realização do MMP capilar. A terapia é destinada principalmente à redução da perda de cabelo acentuada e costuma ser antecedido por aplicação de luz de LED no couro cabeludo, uma etapa preparatória indolor que ajuda a estimular o metabolismo para receber os medicamentos. Por isso é importante procurar um profissional qualificado para a realização”, finaliza a médica Lívia Maria.