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Infectologista tira as principais dúvidas sobre o decreto que desobriga o uso de máscaras no Rio

Uso de máscaras deixou de ser obrigatório em todos os ambientes na cidade do Rio

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Máscara de proteção
(Foto: Reprodução)
Máscara de proteção

(Foto: Reprodução)

O uso das máscaras deixou de ser obrigatório em todos os ambientes na cidade do Rio, nesta segunda-feira (7). A determinação entrou em vigor depois que um decreto municipal foi publicado em edição extra. Para explicar melhor sobre o decreto e como isso afeta o dia a dia dos cariocas, a Super Rádio Tupi entrevistou o infectologista Celso Granato, Diretor Clínico do Grupo Fleury.

1- Está na hora de tirar a obrigatoriedade da máscara?

Pelos números apresentados no Rio de Janeiro que mostram diminuição do número de COVID-19, realmente a cidade tem condições de abolir o uso da máscara, mas é necessário que as pessoas atentem para o decreto: é necessário continuar usando máscara as pessoas com comorbidades e imunossupressão; aquelas com sintomas da doença ou sintomas gripais e os não vacinados.

2- As escolas poderiam ter sido excluídas do decreto?

Sobre as escolas é um ponto importante, pois a partir da vacinação dos adultos, o vírus começou a se deslocar para as crianças e jovens, principalmente na faixa etária de 0 a 10 anos e de 10 a 20 anos. Então, seria aconselhável aguardar um pouco mais para abolir a máscara nas escolas nesse momento. O mais prudente seria aguardar, pelo menos, uns 15 dias após o período de carnaval para ver como o vírus se comporta. Então, a orientação seria manter o uso da máscara nas escolas, incluindo professores e funcionários e seguir o protocolo que já vinha sendo feito, como o distanciamento social e higienização.

3- Como você analisa a vacinação das crianças?

A vacinação está indo bem, mas só temos 50% das crianças vacinadas, o que não é suficiente. Então, deve-se reforçar ainda mais a vacinação nas crianças. É muito importante.

4- E sobre o passaporte vacinal? Alguma outra orientação que ache importante reforçar?

Eu não aboliria o passaporte vacinal ainda. Devemos reforçar o bom senso. Se a pessoa vai visitar um doente no hospital, um idoso com alguma comorbidade, ou uma pessoa doente, tem que ir de máscara. Com a Ômicron, nós verificamos que o vírus fica positivo no nariz até durante 30 dias, então, não podemos relaxar sobre isso. E a única forma de evitar a transmissão é com o uso da máscara que foi muito importante para a diminuição do vírus durante toda a pandemia.