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PF do Rio conta com o apoio de policiais de outros países para combater tráfico internacional de drogas

Ações ocorrem, de forma simultânea, em cinco estados e três diferentes países

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Preso durante ação da PF contra tráfico internacional
Preso durante ação da PF contra tráfico internacional (Foto: Tatiana Campbell / Super Rádio Tupi)
Preso durante ação da PF contra tráfico internacional

Preso durante ação da PF contra tráfico internacional (Foto: Tatiana Campbell / Super Rádio Tupi)

O Comando de Operações Táticas da Polícia Federal realiza, na manhã desta terça-feira (15), duas operações contra o tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. Até a última atualização desta reportagem, 25 pessoas haviam sido presas. Sendo 4 na Espanha. Dos 21 presos no Brasil, três são estrangeiros: um de Portugal, o outro da Espanha e o terceiro dos Países Baixos.

Ao todo, os agentes buscam cumprir 86 mandados. Alguns deles, na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha. Ainda no início da operação, no momento em que uma das equipes entrou com dois blindados na comunidade, houve confronto. Por questões de segurança, 15 escolas da rede municipal permaneceram fechadas.

“São operações de exportação regular que são aproveitadas pelos criminosos para inserção dessa droga para parecer que ali só há aquela exportação regular. Isso é uma prática muito comum”, disse Flávio Coelho, Superintendente da Receita Federal.

Operação Turfe

Nesta operação, os agentes federais cumprem 20 mandados de prisão e 30 de busca e apreensão. Além do estado do Rio, os policiais atuam ainda em São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso. A Polícia Federal informou ainda que a ação conta com o apoio de policiais do Paraguai, Espanha e Emirados Árabes (Dubai).

As investigações, que duram 18 meses, apontaram a existência de um grupo responsável pela aquisição de drogas na Bolívia e Colômbia, a internalização do entorpecente, a logística e ainda a exportação dos produtos ao mercado europeu.

“O modal usado pelo grupo era o marítimo. Eles movimentavam milhões de reais por mês e tinham uma capacidade de exportar [drogas] muito relevante. Eles são uma das maiores organizações atuantes até então no Brasil. Um dos principais alvos tinha como hobby o Turfe [corrida de cavalos], por isso o nome da operação. Não há indícios de agentes públicos participando do esquema. Com relação a Vila Cruzeiro [comunidade onde foi cumprido um dos mandados], eles usavam o local para armazenar a droga e depois enviar para a Europa”, explicou o delegado da Polícia Federal, Heliel Martins.

Ao longo das investigações, foram apreendidas, tanto no Brasil como na Europa, 8 toneladas de cocaína. Mais de R$ 11 milhões também foram apreendidos.

O nome da operação faz referência a uma das formas de lavagem de capitais da organização criminosa que é a aquisição e negociação de cavalos de corrida.

Operação Brutium

Nesta ação, os policiais cumprem 19 mandados de prisão e 17 de busca e apreensão no Rio, em Santa Catarina e em São Paulo.

A ação também tem como objetivo combater o tráfico internacional de droga. Segundo as investigações, integrantes de organização criminosa internacional se aliaram as duas maiores facções brasileiras para enviar cocaína oriunda da Bolívia e Peru para diversos países na Europa.

“Eles vieram para o Rio de Janeiro achando que teriam mais facilidade para traficar. Todas as cargas que acompanhamos tinham com destino a Europa. Conseguimos detectar durante as investigações, ao menos sete eventos criminosos”, destacou o delegado Bruno Tavares.

A investigação, que contou com a colaboração das forças de segurança da França, Marrocos, Bélgica, Espanha, além da agência antidrogas americana, o DEA (Drug Enforcement Administration), revelou a ação de membros de um grupo criminoso atuante na América Central e Europa em território nacional, e resultou na apreensão de mais de duas toneladas de cocaína no Brasil, na Europa e na África, e R$ 3,5 milhões.