Brasil
‘Foi um vagabundo morto por vagabundos mais fortes’, diz presidente da Fundação Palmares sobre morte de Moïse Kabagambe
Sérgio Camargo usou as redes sociais para fazer a declaração. O Deputado Federal Marcelo Freixo (PSOL) acionou a PGR para cobrar providências em relação a fala de CamargoO Presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, usou as redes sociais, nesta sexta-feira (11), para comentar sobre a morte do congolês Moïse Kabagambe, que foi executado a pauladas em um quiosque, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, no final do mês de janeiro.
“Moïse andava e negociava com pessoas que não prestam. Em tese, foi um vagabundo morto por vagabundos mais fortes. A cor da pele nada teve a ver com o brutal assassinato. Foram determinantes o modo de vida indigno e o contexto de selvageria no qual vivia e transitava”, publicou Camargo.
O Deputado Federal, Marcelo Freixo, também usou as redes sociais, mas para dizer que acionou Ministério Público para que o presidente da Fundação Palmares responda pela conduta, que ele considerou “grotesca e inaceitável”.
Sérgio Camargo ainda publicou outro comentário no Twitter oficial dele.
“O assassinato foi brutal, um ato de selvageria que precisa ser punido exemplarmente. Isso, porém, não faz do congolês Moise um “herói dos negros”, nem mártir da “causa antirracismo” no Brasil. Não importa se a esquerda fica enfurecida e histérica. A verdade precisa ser dita”, comentou Sérgio Camargo em outra publicação.
Nesta sexta-feira (11), a família de Moïse Kabagambe desistiu de assumir os quiosques que foram concedidos pela Prefeitura do Rio nesta semana.
Segundo a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que vem representando a família desde o assassinato de Moïse, a família não quer mais aqueles quiosques depois que o dono disse que não sairia. Além disso, eles temem represálias.