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CPI da Alerj propõe criação de força-tarefa para combater Intolerância Religiosa no estado

Segundo o deputado Átila Nunes, o Rio é o estado com maior número de casos de preconceito religioso, caracterizado pela violência e cumplicidade com o tráfico

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Deputado Átila Nunes
(Foto: Divulgação)
Deputado Átila Nunes

(Foto: Divulgação)

O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Intolerância Religiosa, foi aprovada na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), na tarde desta terça-feira (07). De acordo com o deputado Átila Nunes, que também é relator da comissão, é necessário a criação de uma força-tarefa, para combater os casos de intolerância religiosa no estado do Rio.

Segundo o deputado, o Rio é o estado com maior número de casos de preconceito religioso, caracterizado pela violência e cumplicidade com o tráfico.

“Os atos de preconceito religioso tímidos no início, chegaram às inacreditáveis ações de agressões, depredações e expulsão de terreiros de comunidades por fanáticos religiosos que se auto-intitulam “enviados de Jesus”, disse Átila Nunes.

Na CPI foi proposta uma ação rigorosa por parte da Secretaria de Estado de Polícia Civil fortalecendo a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância – DECRADI e o Disque-Denúncia, bem como a inclusão na grade extracurricular do curso de formação dos agentes da Polícia Civil o treinamento em relação ao atendimento das pessoas vítimas de preconceito religioso.

“Propomos a criação de uma força-tarefa para combater o preconceito religioso nas comunidades carentes, onde pontificam as invasões, desocupações e demolições de terreiros. Ao mesmo tempo, consideramos fundamental um protocolo de atendimento às vítimas de discriminação religiosa, a exemplo do protocolo de violência doméstica contra a mulher”, disse o deputado relator.

Em relação a Polícia Militar, Átila Nunes considerou imperioso que seja incluído na grade extracurricular do curso de formação dos policiais militares, o  treinamento em relação ao atendimento das pessoas vítimas de preconceito religioso.

Já para a Secretaria de Estado de Educação, foi sugerido que se institua projetos educacionais nas escolas da rede estadual de ensino para conscientização e combate do preconceito religioso.

Ainda de acordo com o deputado estadual, o maior desafio para as autoridades de segurança é a participação de traficantes nos atos de preconceito religioso como no Morro do Dendê na Ilha do Governador e no Complexo de Israel, em Cordovil, na Zona Norte do Rio.