Brasil
Livro Guapiaçu, da nascente ao mar: as águas doces que alimentam a vida, da serra à Baía de Guanabara
Publicação traz imagens e textos de especialistas sobre ecossistemas fluminenses presentes no curso do rio e as diversas iniciativas implementadas para protegê-los e recuperá-losTodo rio conta histórias. Dos locais por onde corre, das vidas que ocupam suas margens, das riquezas que gera, da degradação sofrida ou do trabalho de recuperação pelo qual passa. O livro Guapiaçu, da nascente ao mar se propõe a mostrar em fotografias o trajeto dos rios da bacia Guapi-Macacu, que nascem em Cachoeiras de Macacu, na Região Serrana do Rio, e percorrem regiões do estado até desaguar na Baía de Guanabara.
Ao longo de seu curso, fornecem água de boa qualidade para abastecer as populações locais e alimentam ecossistemas diferentes. Com o patrocínio da Petrobras e do governo federal, a publicação traz também textos de especialistas que alertam para a necessidade de preservação desses ecossistemas alimentados pelas águas doces do Guapiaçu e do Macacu. “Imagens impressionantes e textos escritos por nossos parceiros e especialistas contam nesta publicação histórias de muito trabalho pela conservação da Mata Atlântica, dos manguezais e da Baía de Guanabara. Da necessidade de levar informação às comunidades que vivem e sobrevivem destes ambientes, integrá-las e valorizá-las como agentes a favor do meio ambiente. Da importância de preparar crianças, jovens e professores para amar e respeitar a natureza”, afirma Gabriela Viana, coordenadora executiva do Projeto Guapiaçu, em seu texto de apresentação.
O livro traduz o intenso trabalho que vem sendo realizado pelos quatro projetos da Rede de Conservação Águas da Guanabara, a Redagua: Coral Vivo, Guapiaçu, Meros do Brasil e Uçá. Cada um deles trabalha na manutenção e na recuperação da fauna e da flora de regiões do estado do Rio atravessadas pelas águas que nascem na serra fluminense e chegam ao mar na altura da APA de Guapimirim. A destruição sofrida ao longo dos séculos pela Mata Atlântica, pela Baía de Guanabara e pelo seu entorno é ressaltada, assim como as diversas iniciativas promovidas por diferentes agentes para recuperar e salvar espécies de animais, de plantas e das tradições populares ligadas à natureza. “A futuras gerações merecem esse importante trabalho para que tenham acesso a toda essa natureza, essência da vida”, declara no prefácio do livro Olinta Cardoso, gerente executiva de Responsabilidade Social na Petrobras.
O livro
A publicação está dividida em seções que mostram a relação do rio com a vida de pessoas, animais e meio ambiente, desde seu nascimento: Onde Tudo Começa (nascentes e a importância da Mata Atlântica), Onde Tudo Ganha Vida (florestas, sementes, fauna), Onde Tudo se Mistura (manguezal) e Onde a Serra Encontra o Mar (Baía de Guanabara).
As fotos do livro Guapiaçu, da nascente ao mar são de autoria dos fotógrafos Gustavo Pedro, João Pedro Stutz e Vitor Marigo e da bióloga do Projeto Guapiaçu Tatiana Horta. A publicação traz também a letra da música Quede Água, de Carlos Rennó e Lenine, cedida pelos compositores para a abertura do capítulo Água Doce e Água Salgada.
Já os textos de abertura dos capítulos são assinados pela diretora executiva da Fundação SOS Mata Atlântica, Márcia Hirota, pelo presidente do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, Clayton Ferreira Lino, pela gestora da Área de Proteção Ambiental de Macaé de Cima, Denise M. Rambaldi, pelo biólogo e pesquisador de botânica Gustavo Martinelli, pelo analista do Centro de Inovação em Biodiversidade e Saúde Farmaguinhos/Fiocruz, Jefferson Pereira Caldas dos Santos, pelo superintendente de Mudanças do Clima da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Telmo Borges, pelo biólogo da UFRJ e diretor-executivo do Projeto Refauna, Marcelo Rheingantz, pelo biólogo do ICM-Bio e chefe da Base Avançada em Guapimirim, Maurício Barbosa Muniz, pelo presidente da ONG Guardiões do Mar, Pedro Paulo Belga, pela doutora em Engenharia Oceânica e professora da UFRJ, Susana Vinzon, pela coordenadora do Projeto Meros do Brasil, Maíra Borgonha, pela coordenadora do Projeto Ucá, Gisa Machado e pela coordenadora de políticas públicas do Projeto Coral Vivo, Maria Teresa de Jesus Gouveia. “Este livro, que reúne imagens impressionantes deste caminho que fazem os rios Guapiaçu e Macacu, mostra como todos nós dependemos desta conjugação de atores e fatores que a sábia natureza nos proporciona para ver a vida nascer e transbordar, até mesmo em condições consideradas críticas”, afirmam Raquel e Nicholas Locke, vice-presidente e presidente da REGUA – Reserva Ecológica de Guapiaçu, em seu texto de agradecimento.
O lançamento do livro ocorrerá nas formas presencial e virtual, nesta sexta-feira (3), às 14h, no encontro Restaurando Ecossistemas, Conectando Vidas, promovido pelo ICM-Bio, Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Comitê Piabanha, Comitê da Bacia da Baía de Guanabara, Parque Nacional Municipal Montanhas de Teresópolis e Mosaico Central Fluminense. Já o lançamento presencial será no dia 9 de dezembro, de 10h às 15h, na sede da APA da Bacia do Rio Macacu, em Cachoeiras de Macacu.
Em seu formato virtual, a publicação estará disponível no site do Projeto Guapiaçu. https://www.projetoguapiacu.org/