Seis em cada dez empresas fecham nos cinco primeiros anos de vida

Seis em cada dez empresas fecham nos cinco primeiros anos de vida (Foto: Divulgação)

Dados do IBGE revelaram que cerca de 40% de 597.200 empresas permaneceram ativas após cinco anos de funcionamento. A partir disso, concluiu-se que seis em cada dez companhias encerravam as atividades em cinco anos. Segundo o empresário e especialista em empreendedorismo João Diniz, os números são alarmantes. “Sou empreendedor há mais de 25 anos e durante muitos anos fiz parte dessa triste estatística. Vários fatores, como impostos, inexperiência com relação à gestão, influenciam diretamente na vida curta das empresas. O brasileiro tem como aptidão ser um povo empreendedor. Porém, as leis e a falta de instrução fazem com que as pessoas que gostariam de trabalhar com seu próprio negócio não consigam fazer isso”, lamenta.

João complementa dizendo que a solução pode estar também na educação. “Desde o ensino fundamental, na escola, as pessoas já poderiam ter aulas sobre gestão, economia, leis trabalhistas e leis fiscais. A pandemia se tornou mais um forte fator para que esses números sejam até maiores”, acredita.

Ainda segundo João, diante da maior taxa de desemprego da história – quase 15 milhões de desempregados – é necessário que a gestão pública entenda a necessidade de transformar estes números do IBGE em números positivos, onde as empresas se mantenham abertas e se perpetuem. “Se em um cenário normal já é difícil se manter, com certeza os próximos cinco anos, pós-pandemia, vão ser muito mais difíceis. É preciso uma política pública para que o empreendedorismo se mantenha, a economia cresça e que os desempregados sejam absorvidos”, salienta.

João Diniz, empresário e especialista em empreendedorismo (Foto: Divulgação)