Capital Fluminense
Jovem gaúcho vende balas no trânsito do Rio para pagar aluguel e estudos
Vendedor saiu de emprego fixo na fronteira entre Brasil e Uruguai com objetivo de montar o próprio negócio na Capital FluminenseNatural do município de Quaraí, cidade do Rio Grande do Sul, que faz fronteira com o Uruguai, o gaúcho Jonathan Rodrigues, de 20 anos, há seis meses, vende balas em um sinal de trânsito embaixo do viaduto Paulo de Frontin, no Rio Comprido, na Zona Norte do Rio.
Bem arrumado, usando um cartaz no peito “Serei empresário, só estou no começo”, ele não pede dinheiro e vende as balas quando um carro para no sinal. O pequeno pacote de balas de eucalipto custa R$ 2.
“Eu chego aqui 7h e fico até 13h. Vou abordando os motoristas com educação e oferecendo o meu produto. Eu só saio quando termina a mercadoria. Costumo vender 100 pacotes por dia. Eu moro aqui perto e a mercadoria eu compro em Madureira. Com o dinheiro das vendas, eu pago aluguel do Hostel onde fico, compro a mercadoria e consigo me alimentar. Nas outras horas, estudo, leio, faço cursinhos para especialização. Quero ter meu próprio negócio. Gosto de vender. Sou empreendedor. Eu era vendedor em uma firma com carteira assinada lá no Sul. Pedi demissão, porque queria ter o meu próprio negócio. Vim para cidade grande para tentar isso. Minha família ficou lá. Estou conseguindo bancar tudo com as minhas vendas, com meus trabalhos e quero ainda mais.”, disse o jovem gaúcho, durante conversa entre um sinal e outro fechados na Avenida Paulo de Frontin, no Rio Comprido.
Jonathan contou que não foi fácil sair de casa e deixar a família para trás. Ele também disse que a família estranhou bastante a decisão, mas sempre mantém contato com eles.
“O mais difícil é ficar longe da família. Sinto muito a falta deles. Mas sei que estou buscando meu objetivo, meu sonho. Quero ter o meu próprio empreendimento. Eu acredito que terei a minha própria empresa.”
A venda no dia de folga da firma despertou o interesse pelo asfalto
Jonathan que trabalhava em um escritório no Rio Grande do Sul revelou que trabalhava de segunda a sábado e já não aguentava mais a rotina, até que num domingo de folga, teve a ideia de comprar paçoca e sair vendendo.
“Depois daquela venda da paçoca, me despertou um lado empreendedor, um lado vendedor que gostava do contato com o público. Eu queria estar na rua, vendendo, conhecendo pessoas. Levando meu produto e recebendo pelo meu trabalho.”