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Brasil

Boletim da Fiocruz reforça estabilidade nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave

Brasil apresenta sinal de estabilização na tendência de longo prazo, ou seja, em relação às últimas seis semanas

Publicado

em

Castelo da Fiocruz

(Foto: Mateus Mesquita / Super Rádio Tupi )

O Boletim da Fiocruz, publicado nesta sexta-feira (8), mostrou um cenário de estabilidade nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

Tirando as crianças, as demais faixas etárias registraram valores que são os menores desde o início da pandemia no Brasil. O estudo se baseia nos dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 4 de outubro.

O país como um todo apresenta sinal de estabilização na tendência de longo prazo, ou seja, em relação às últimas seis semanas. Nos dados, apenas nove estados apresentaram sinal de crescimento na tendêndia de longo prazo. São eles: Espírito Santo, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e o Distrito Federal. Vale destacar que, na maioria desses estados, o cenário de crescimento reflete pequenas oscilações em torno de valores estáveis. A única exceção é o Distrito Federal, onde se observa crescimento claro e expressivo na população acima de 60 anos. O cenário para o grupo etário com mais de 70 anos é especialmente preocupante.

Em continuidade ao que vem sendo destacado pelo InfoGripe, é fundamental que esses dados sejam correlacionados às taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS), principalmente porque o número de novos casos semanais de SRAG ainda é elevado mesmo nos estados que apresentaram queda nas internações.

“Do ponto de vista epidemiológico, a flexibilização das medidas de distanciamento social facilitam a disseminação de vírus respiratórios e, portanto, podem levar a uma retomada do crescimento no número de novos casos. Dada a heterogeneidade espacial da disseminação da Covid-19 no país e estados, recomenda-se que sejam feitas avaliações locais, uma vez que a situação dos grandes centros urbanos é potencialmente distinta da evolução no interior de cada estado. A situação das grandes regiões do país serve de base para análise de situação, mas não deve ser o único indicador para tomada de decisões locais, conforme explicitado em nota técnica elaborada pela Fiocruz”, contou o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.