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‘Festa cívica de forma ordeira’, afirma Aras sobre manifestações do Sete de Setembro

Procurador-geral da República pregou respeito à Constituição, mas não comentou as ameaças de Bolsonaro de não cumprir decisões da Corte

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Augusto Aras
Antônio Augusto Brandão de Aras, indicado para o cargo de procurador-geral da República, durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CSenado
Augusto Aras

Foto: Augusto Aras

O Procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, evitou criticar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao se pronunciar na tarde desta quarta-feira (8) sobre as manifestações do Dia da Independência do Brasil.

Em discurso no começo da sessão plenária do STF (Supremo Tribunal Federal), Aras pregou respeito à Constituição, mas não comentou as ameaças de Bolsonaro de não cumprir decisões da Corte.

“Acompanhamos ontem uma festa cívica com manifestações pacíficas, que ocorreram hegemonicamente de forma ordeira pelas vias públicas do Brasil. As manifestações do 7 de setembro foram a expressão de uma sociedade plural e aberta, características de um regime democrático”, afirmou Aras.

Aras discursou logo após um pronunciamento do presidente do STF, Luiz Fux. Em defesa da Corte, o ministro afirmou que Bolsonaro estará cometendo crime de responsabilidade caso descumpra ordens judiciais.

“O Supremo Tribunal Federal também não tolerará ameaças à autoridade de suas decisões. Se o desprezo às decisões judiciais ocorre por iniciativa do Chefe de qualquer dos Poderes, essa atitude, além de representar atentado à democracia, configura crime de responsabilidade, a ser analisado pelo Congresso Nacional”, declarou Fux.