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Política

CCJ aprova nome de Augusto Aras para novo mandato como procurador-geral da República

Caberá ao plenário do Senado a palavra final. São necessários os votos de 41 dos 81 senadores para ser reconduzido ao posto

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Jair Bolsonaro ao lado de Augusto Aras na posse como procurador-geral em 2019
(Foto: José Cruz/Agência Brasil)
Jair Bolsonaro ao lado de Augusto Aras na posse como procurador-geral em 2019

(Foto: José Cruz/Agência Brasil)

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, na tarde desta terça-feira (24), o nome do atual procurador-geral da República, Augusto Aras, para ser reconduzido ao cargo. O placar na CCJ foi de 21 votos a 6. Após este aval, Aras ainda precisa, no entanto, passar pela votação do plenário da Casa. Para ficar mais dois anos à frente do Ministério Público, ele irá necessitar do apoio de pelo menos 41 dos 81 senadores.

Indicado para um novo mandato pelo presidente da República Jair Bolsonaro, Aras foi sabatinado por cerca de seis horas na comissão. Para os membros da CCJ, o atual procurador-geral negou qualquer omissão de sua parte em relação as condutas do presidente da República. Segundo Aras, ele não é “censor” de autoridades e nem “engavetador”.

Também na comissão, Aras admitiu que “houve ameaças reais a ministros do STF, ao ser questionado sobre a prisão de nomes ligados ao governo Bolsonaro, como o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) e o presidente nacional do PTB Roberto Jefferson. Houve ainda, por parte do procurador, críticas a força-tarefa da Operação Lava Jato e a “espetacularização” de inquéritos, além de indiretas ao ex-procurador-geral Rodrigo Janot, que ocupou o posto entre 2013 e 2017.

Augusto Aras foi indicado ao comando da PGR pela primeira vez em 2019, também por Jair Bolsonaro. E assim como agora na recondução, o nome dele não figurava na lista tríplice elaborada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Caso tenha o novo mandato aprovado, ele ficará no cargo até setembro de 2023.