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Boxe: Bia Ferreira se classifica para as quartas, mas Keno Machado é eliminado na mesma etapa
Esperança de medalha, brasileira segue viva na briga; Marley tem luta polêmica e foca em 2024O boxe brasileiro nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, teve duas notícias nesta sexta-feira (30): uma boa e uma má. No lado feminino, Bia Ferreira alegrou os brasileiros com a vitória na sua estreia e a obtenção da vaga na semifinal. Já Keno Machado acabou sendo derrotado na semifinal e fica sem medalha.
Atual campeã mundial, pan-americana e esperança de Medalha, Bia derrotou Wu Shih-Yi, de Taipei e se garantiu na próxima fase da modalidade entre 57 e 60kg. Bia volta a subir no ringue no dia 3 de agosto, na próxima semana. Nas quartas de final, vai enfrentar a cazaque Raykhona Kodirova.
Bia Ferreira dominou as ações contra a adversária e foi considerada vencedora por pontos pelos cinco jurados – quatro deles deram 30 a 27, enquanto o outro apontou o marcador de 29 a 28.
“Não foi fácil (a estreia). Estava pronta, confiante e conseguindo executar o que estudamos o tempo todo. Sou o alvo, então eles me estudam, tenho que estudar também. E sempre estudei. Tenho uma excelente equipe, que consegue facilitar o meu trabalho, falando e combinando o que devo fazer. O atleta tem que sentir confiança e executar o trabalho. Deu certo” – disse.
Já Keno Machado aumentou a lista de modalidades na qual o Brasil tem motivos para contestar a arbitragem. Em uma luta polêmica, ele foi eliminado durante as quartas de final da categoria meio-pesado (75 a 81kg) pelo britânico Benjamin Whittake, em decisão dividida dos juízes (3×2).
Keno Marley, como é conhecido, preferiu não comentar sobre a decisão da arbitragem e agora já foca nos Jogos de Paris, em 2024. O atleta tem apenas 24 anos.
“Foi uma luta boa, contra um adversário bom também. O inglês tem bastante história no boxe, e estou feliz com o resultado que consegui. Apesar da minha pouca idade, consegui acumular bagagem para fazer o meu primeiro ciclo olímpico tão bem” – disse.
“Foram os meus primeiros Jogos Olímpicos, tenho apenas 21 anos e fiz grandes lutas. Isso se deve à minha destreza e ao trabalho que vem sendo feito no Brasil. Tenho esse ano o Mundial Militar e o Mundial de boxe. Tem Paris em 2024 e, quem sabe, até dois ciclos olímpicos pela frente. Vamos continuar o trabalho para termos resultados melhores em Paris. Não que tenha sido ruim aqui, mas o resultado que queremos é o ouro. É isso que estou buscando” – completou o brasileiro.