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Justiça

Juiz ouve mais quatro testemunhas do caso de paisagista espancada por lutador

Primeira designada a falar foi a delegada Adriana Belém, então titular da 16ª Delegacia de Polícia da Barra da Tijuca

Publicado

em

Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro
(Foto: Reprodução)
Imagem da fachada do TJRJ

(Foto/Divulgação TJRJ)

O juiz da 3ª Vara Criminal da Capital do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) Alexandre Abrahão Dias Teixeira realizou nesta segunda-feira (12) a continuação da audiência de instrução e julgamento (AIJ) do caso envolvendo Vinícius Batista Serra, lutador de jiu-jitsu denunciado por tentativa de feminicído contra a paisagista Elaine Perez da Caparroz.

Em fevereiro de 2019, a vítima foi agredida no apartamento dela, na Barra da Tijuca, Zona Oeste, por mais de quatro horas pelo acusado após marcar um encontro com ele através da rede social. Vinícius responde por tentativa de homicídio qualificado/feminicídio.

A audiência teve início às 14h39 com o depoimento de duas testemunhas de acusação e duas de defesa. A primeira designada a falar foi a delegada Adriana Belém, então titular da 16ª Delegacia de Polícia da Barra da Tijuca, responsável pela investigação do caso.

Antes da sua oitiva começar, a defesa contestou o seu depoimento, afirmando que a autoridade havia quebrado a imparcialidade ao fazer diversas manifestações pessoais efusivas em suas redes sociais contra o fato apurado, inclusive participando de live onde externou posicionamentos pessoais que macularam a imagem do réu.

O juiz Alexandre Abrahão indeferiu a contradita. Ele alegou que eventuais nulidades do inquérito policial ou vícios sequer se projetam na ação penal.

“Posicionamento pessoal da autoridade policial, como era de se esperar, tornam-se irrelevantes no curso do processo judicial, o que, por sinal, foi, inclusive, advertido às testemunhas instantes antes da leitura da denúncia, que é vedado fazerem juízo valorativo sobre o fato, o que é reservado apenas e tão somente ao juiz” esclareceu o magistrado.

Além da delegada, foram colhidas as oitivas de dois funcionários do prédio onde a paisagista morava, Jucilei de Sousa Andrade e Inácio Severino da Silva – ambos abordaram o réu na saída do edifício após o ocorrido e chamaram a polícia; e Filipe Amorim Sampaio, policial militar que foi o primeiro a chegar no local.

A continuação da audiência de instrução e julgamento foi designada para o dia 29 de julho, às 13 horas, quando serão ouvidas as demais testemunhas, bem como dois peritos.

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