Capital Fluminense
Quadrilha de estelionatárias movimentou R$ 400 mil reais em 15 dias
Crimosas ostentavam vida de luxo nas redes sociaisUm levantamento da Polícia Civil sobre a movimentação financeira de uma quadrilha de estelionatárias, que se passavam por blogueiras apontou que a organização criminosa, liderada por um grupo de mulheres chegou a lucrar cerca de R$ 400 mil reais, em golpes durante um período de 15 dias.
De acordo com a polícia, as informações foram encontradas em anotações feitas por uma das criminosas no momento da prisão. No entanto, esse lucro pode ser ainda maior, uma vez que, a maioria dos dados sobre essa organização criminosa estão em laptops e aparelhos de telefones celulares que ainda periciados pelos agentes.
A investigação apontou ainda que algumas da criminosas, ostentavam uma vida de luxo nas redes sociais, com postagem de fotos feitas em locais paradisíacos, pontos turísticos e passeios de lancha no litoral do Rio de Janeiro.
Na sexta-feira (09), a Justiça do Rio converteu a prisão em flagrante da quadrilha comandada por um grupo de blogueiras estelionatárias para preventiva. A decisão é da juíza Mariana Tavares Shu, da Central de Audiências de Custódia do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
Dessa forma, a organização criminosa continuará presa durante as investigações do caso. Entre as integrantes da quadrilha estava a influenciadora digital, Anna Carolina de Sousa Santos, que se apresentava como empreendedora nas redes sociais, juntamente com Yasmin Navarro, Mariana Serrano de Oliveira, Rayane Silva Sousa e Gabriela Silva Vieira.
Elas foram presas na quarta-feira (7) por roubar dados de cartão de crédito e causar prejuízo às suas vítimas. As mulheres foram capturadas em um apartamento no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, pela prática de estelionato.
Segundo a Polícia, no local funcionava uma falsa “central de telemarketing”, que servia para aplicar golpes em suas vítimas. O golpe funcionava da seguinte forma: elas entravam em contato fingindo ser da administradora do cartão de crédito, diziam quem havia sido detectada uma fraude nas compras feitas no cartão, e que a vítima deveria passar alguns dados para resolver o problema.
Após o telefonema, as golpistas ainda mandavam um suposto motoboy até a casa da pessoa a ser lesada pegar o cartão. No momento da prisão, policiais encontraram duas indiciadas em ligação ativa com suas vítimas. De acordo com o judiciário fluminense, a magistrada entendeu que o grupo oferece risco à sociedade por “participar de organização para a prática de estelionato”.