Roger Machado analisa empate com o Corinthians em São Januário: "Tivemos o controle do jogo e poderíamos ter vencido" - Super Rádio Tupi
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Campeonato Brasileiro

Roger Machado analisa empate com o Corinthians em São Januário: “Tivemos o controle do jogo e poderíamos ter vencido”

Tricolor ficou no 1 a 1 com os paulistas, mesmo após perder Abel Hernández, expulso, no segundo tempo

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Técnico Roger Machado, do Fluminense, durante entrevista coletiva
(Foto: Lucas Merçon/Fluminense)
Técnico Roger Machado, do Fluminense, durante entrevista coletiva

(Foto: Lucas Merçon/Fluminense)

Depois de perder Abel Hernández, expulso por entrada dura em Gabriel, e ficar quase todo o segundo tempo com um jogador a menos em campo, o Fluminense conseguiu arrancar o empate do Corinthians, em partida que terminou em 1 a 1, neste domingo (27), em São Januário, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. E o técnico Roger Machado analisou o duelo entre os cariocas e os paulistas: segundo o treinador, seus comandados sofreram alguns perigos, mas também tiveram o domínio das ações e poderiam até ter saído com a vitória.

“Jogamos bem. Mesmo quando estávamos no 11 contra 11 e depois no reposicionamento com a expulsão do Abel. Tivemos o controle do jogo, sofremos alguns riscos, mas riscos controlados. Penso que poderíamos ter vencido, inclusive”, disse. “As oportunidades que nós conseguimos criar foram de roubada no gramado adversário ou quando a gente conseguiu acessar os corredores, seguidos de cruzamento na área. Estava muito difícil de fazer as infiltrações por dentro em função do posicionamento defensivo. Foi muito mais uma circunstância do confronto”, completou.

Neste domingo, o Tricolor ai nda entrou com um uniforme especial, no qual estava escrito “#TimeDeTodos”, fazendo alusão ao movimento de conscientização de luta das pessoas LGBTQIA+. A ação ocorreu pelo fato de a partida entre Fluminense e Corinthians ter sido realizada na véspera do Dia Internacional do Orgulho Gay. Após expressar suas observações sobre as duas equipes dentro das quatro linhas, Roger Machado elogiou o movimento e a iniciativa. “Meu ex-clube, o Bahia, sempre foi muito engajado nessas lutas. Eu apoio toda luta que visa a acabar com o preconceito e discriminação. Viva a diversidade e a diferença”, exclamou.

Com o resultado, o time das Laranjeiras subiu uma posição na tabela de classificação, ocupando o oitavo lugar, com 10 pontos. Agora, o elenco deve ter um leve descanso, para já retomar os treinamentos de olho no jogo diante do Athletico-PR, na próxima quarta-feira (30), às 16h, no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. Vale lembrar que o Maracanã, local de mando de campo natural dos tricolores, não estará à disposição por ter sido cedido à Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) para a disputa da Copa América.

Confira outro trechos da entrevista coletiva dada pelo técnico Roger Machado:

Ausências de Nenê e Fred

“A gente vai esbarrar na questão que eu sempre falo, que é do calendário. Por vezes, nós somos cobrados para buscar alternativas de jogo mediante as dificuldade apresentadas na partida, tendo em vista que temos pelo menos 50 jogos, quarta e domingo. E cada jogo envolve pelo menos três dias, que é pré-jogo, o jogo e o dia seguinte, em que a gente não consegue trabalhar. Com dois jogos na semana, são seis dias, fora deslocamento, tendo que lidar com ausências de convocação, desgaste”

“Você coloca um elemento a mais que não deveria estar obrigatoriamente envolvido na escolha dos jogadores em campo. Se fizéssemos seis jogos por mês, com uma semana aberta, já nos atenderia. Mas é isso que nós temos, tentamos lidar com isso. Nos apoiamos muito na fisiologia. Na reta final do estadual, com final da fase de grupos da Libertadores, levamos no limite sem mudar as peças porque entendemos que era importante naquele momento. Mas isso aumenta os riscos. Pelo fato de apenas descansar e treinar, você naturalmente perde pontos importantes, que é o físico, a força”

“Não dá para fazer um trabalho adequado de potência com atletas. Mas não é desculpa, embora a intensidade do jogos tenha caído muito. A gente precisa mexer, não dá para rodar, e o atleta tem que entender. É melhor a gente conseguir dosar os jogadores e colocar os que estão em momento melhor tanto técnico quanto físico”

São Januário

“Embora a gente saiba que o clube está acostumado a jogar aqui, mudam as referências, a dinâmica de deslocamento, a logística. É um elemento a mais, mas não pretendo colocar na isso na conta”

Cazares e Ganso

“A gente já havia feito isso, se não me engano na primeira semifinal do Carioca. A ideia é que, diante do cenário que nós estávamos, com o jogo mais agressivo, eles estivessem mais descansados com a bola. Quando rompíamos linha, era com jogadores se projetando. Eu queria romper essas linhas de forma mais apoiada. Essa parte do jogo aconteceu, mas em alguns momentos a gente vai precisar de um ajuste, precisa achar esse equilíbrio. Quando um tiver a bola, o outro tem que estar atrás da “cortina” para receber essa bola. A ideia foi essa”

Raúl Bobadilla

“Ele talvez seja um dos únicos atletas que teve menos oportunidades até esse momento, já que tanto o Fred quanto o Abel vinham atuando, fazendo gols e correspondendo à continuidade”