Ciência e Saúde
Especialista aborda sobre medicina ortomolecular como medida preventiva da Covid-19
Dra. Márcia Umbelino é adepta à essa prática alternativa e explica que o tratamento atua diretamente no sistema imunológico e que seus pacientes responderam bem, sem óbitosNo início de 2020, o panorama global foi completamente reconfigurado por causa da pandemia da Covid-19. O comércio parou, lojas fecharam, shows foram interrompidos e a nossa casa se tornou o limite de segurança. Um ano depois, mais de 450 mil vidas perdidas apenas no Brasil, e a ciência ainda busca respostas.
Existe uma variedade de vacinas no mercado, mas, infelizmente, nenhuma pode ser considerada “a solução” por enquanto. Os efeitos daqueles que já tiveram a doença ainda não são claros. Múltiplas sequelas são catalogadas em milhares de pessoas além do surgimento de mutações e cepas genéticas (variantes que mostram propriedades físicas distintas). Em tantas dúvidas, a resposta certamente está escondida em apenas um lugar: o nosso próprio organismo.
A medicina ortomolecular é uma prática de medicina complementar que recomenda o uso de quantidades de biomoléculas, nutrientes e suplementação além do prescrito pela medicina ortodoxa. Ela basicamente estuda o funcionamento do organismo humano de forma personalizada e, com a ajuda de substâncias e alimentos, equilibra os componentes químicos, evitando doenças e aumentando ao máximo a qualidade de vida de cada paciente.
No caso da covid-19, a medicina ortomolecular é uma grande aliada contra o vírus, pois ela fornece uma maximização do sistema imunológico e cria barreiras que neutralizam características virais. Um exemplo, a maior característica viral é sua ação inflamatória, portanto, a Vitamina E, potente inibidor anti-inflamatório, já serve como proteção contra o coronavírus.
Cada vez mais a medicina está se rendendo ao ortomolecular já que é uma medicina preventiva.
A médica ortomolecular, Dra. Márcia Umbelino afirma “Estão preconizando o Zinco, coenzima Q10, vitamina E e vitamina D que nada mais é do que ortomolecular. E se existe um profissional que sabe juntar essas vitaminas, minerais e aminoácidos, você tem um efeito muito mais proativo do que os médicos que passam Zinco, Selênio e vitamina E de forma não complementar uma com as outras e sim de maneiras separadas. Não é que não vá fazer efeito, mas será um efeito menor do que quando um médico que conhece e sabe o que pode combinar para ter uma potência maior para a imunidade”.
A médica, acredita que a melhor vacina é a nossa própria imunidade e que com os nutrientes necessários, o corpo humano tem potencial para enfrentar substâncias virais por conta própria. “Com a saúde em dia, a vacina serve como uma ótima adição, mas em casos de sistema imunológico já comprometido no momento da vacinação, o resultado pode ser ineficaz. Zinco, magnésio, selênio e manganês são minerais que não podemos abrir mão. Eles fortalecem as membranas celulares e são responsáveis pelo funcionamento das enzimas, que por sua vez, são responsáveis por quase todas as reações químicas do nosso corpo. Recentes mutações da covid mostraram danos no fígado, por isso, recomendo também a coenzima Q10, antioxidante que atua de forma certeira na função hepática. Eu também gosto de usar adaptógenos, compostos naturais capazes de aumentar a resistência do corpo contra situações de estresse físico, mental ou emocional. Chá de equinácea é um exemplo perfeito para aumentar a imunidade. Aminoácidos, como arginina e glutamina, e vitamina D também são ótimas pedidas nesses casos, pois atuam na proteção na membrana celular”, explica a médica, que não teve óbitos entre seus pacientes.