Coronavírus
Ministério Público identifica indícios de crime na compra de doses da Covaxin
Contrato para a compra realizada pelo Ministério da Saúde totalizou R$ 1,6 bilhão

Sede do Ministério Público do Rio de Janeiro (Foto: Camila Moraes / Super Rádio Tupi)
O Ministério Público Federal pediu para que a compra feita pelo Ministério da Saúde de 20 milhões de doses da vacina Covaxin seja investigada na esfera criminal, após identificação de indícios de crime. Até então, o caso vinha sendo apurado dentro de um inquérito que tramitava na esfera cível. O contrato para a compra da Covaxin totalizou R$ 1,6 bilhão.
A procuradora da República Luciana Loureiro, que vinha conduzindo as investigações na esfera cível, assinou despacho no dia 16 de junho, Loureiro disse que a omissão de atitudes corretivas e o elevado preço pago pelo governo pelas doses da vacina fazem com que o caso seja investigado na esfera criminal. O contrato foi firmado entre o Ministério da Saúde a empresa Precisa, que representa o laboratório indiano Bharat Biotech.
“A omissão de atitudes corretiva da execução do contrato, somada ao histórico de irregularidades que pesa sobre os sócios da empresa PRECISA e ao preço elevado pago pelas doses contratadas, em comparação com as demais, torna a situação carecedora de apuração aprofundada, sob duplo aspecto cível e criminal uma vez que, a princípio, não se justifica a temeridade do risco assumido pelo Ministério da Saúde com essa contratação, a não ser para atender a interesses divorciados do interesse público”, diz a procuradora.
