Capital Fluminense
PF e MPF fazem operação contra esquema de falsificação de alvarás de soltura
Suspeito de ser o chefe do esquema, João Barbieri segue foragidoA Polícia Federal e o MPF realizaram, nesta quarta-feira (24), uma operação contra um esquema de falsificação de alvarás para a soltura de presos condenados pela Justiça Federal. Os agentes cumpriram os mandados de prisão e de busca e apreensão no Rio, em Niterói, São Gonçalo, São João de Meriti, além da cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais.
Uma advogada foi presa no bairro de Vila Valqueire, na Zona Oeste e levada à sede da Polícia Federal, na Praça Mauá. Vários documentos falsos foram apreendidos na operação que, posteriormente, serão periciados. Também foi cumprido um mandado de prisão contra Arlésio Luiz Pereira, que já estava preso desde o início do mês após uma operação conjunta entre a Polícia Civil e a Secretaria de Administração Penitenciária, que terminou com cinco presos.
Pelo menos três detentos foram beneficiados com a fraude, entre eles João Filipe Barbieri, um dos maiores traficantes de armas do mundo. O procurador do MPF, Eduardo Benones, disse que Barbirei pode ser o cabeça do esquema. Ele classificou como absurdo o numero de fuzis que o traficante já fez entrar no país.
“O número de fuzis que entraram no país entre 2014 e 2020, quando o MPF ofereceu denúncia, é absurdo, passam de mil fuzis, mil carregadores. Começaram a entrar, inclusive, pelo modal aéreo em aeroportos. A nossa preocupação é que isso tenha uma ligação sistêmica entre o contrabando de armas, entre os presos que estavam em Miami e entre os presos que estavam aqui”.
Ainda segundo o procurador, o trabalho de buscas por João Barbieri tem cooperação internacional. “Temos cooperação internacional em relação a Flórida. Já obtivemos a sentença que condenou o Frederick Barbieri (preso nos EUA). As companhias aéreas já foram notificadas. A gente ainda não sabe se ele pegou um voo intencional, mas a gente já sabe que se deslocou de forma aérea domesticamente”.