Justiça decide suspender investigação contra Felipe Neto

(Foto: Reprodução/ Youtuber)

A Justiça aceitou um pedido de habeas corpus da defesa do youtuber Felipe Neto, que suspende a investigação sobre suposto crime previsto na Lei de Segurança Nacional.

O digital influencer era aguardado na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, durante a tarde desta quinta-feira (18).

Felipe Neto foi indiciado após chamar o presidente da República, Jair Bolsonaro de “Genocida”, em um de suas páginas oficiais na internet.

A decisão é válida até julgamento definitivo do recurso que alega que a Polícia Civil não tem atribuição legal para investigar os supostos crimes noticiados.

Na noite da última segunda-feira (16), os agentes estiveram na casa onde youtuber mora, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, levantando uma polêmica entre as principais personalidades da web.

Em um vídeo publicado na internet, Felipe Neto chegou a dizer que ficou espantado ao ser acusado de crime contra segurança nacional e chamou a ação de ‘absurda’.

Procurada, a Secretária de Estado de Polícia Civil do Rio afirmou que embora ainda não tenha sido intimada, respeitará a decisão judicial. A corporação ainda defendeu o trabalho da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática.

Em nota a polícia afirmou que a especialziada realiza um trabalho totalmente técnico, baseado nas leis e sem perfil ideológico.

Veja a nota da Polícia Civil 

“A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol), embora ainda não intimada, respeitará a decisão judicial e ressalta que o trabalho realizado pela Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) é totalmente técnico, baseado nas leis e sem perfil ideológico. Qualquer cidadão que compareça à delegacia para fazer uma notícia-crime, levando elementos consistentes e uma denúncia fundamentada, tem o direito de fazer o registro de ocorrência. 
A maior prova de que o trabalho realizado pela delegacia é totalmente técnico é que existem 33 investigações em andamento de pessoas ligadas à política que procuraram a especializada e foram prontamente atendidas, sendo 15 de deputados filiados a partidos de esquerda, oito de deputados filiados a partidos de direita e dez a partidos de Centro.”