Baixada Fluminense
Limpa Rio chega em Magé para desassorear canais da cidade
Ação em parceria com o Governo do Rio começou pelo Canal de MagéO Programa Limpa Rio começou em Magé, na Baixada Fluminense, nesta quinta-feira (11). Fruto da parceria entre a Prefeitura da cidade, Governo do Rio e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), o projeto traz equipamentos de grande porte para a limpeza de rios e canais. A força-tarefa começou pelo Canal de Magé, que deságua diretamente na Baía de Guanabara.
“Temos aqui uma imensa quantidade de pescadores que sofrem diariamente com o assoreamento dos rios e canais da cidade. Fiz contato com o Thiago Pampolha, secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, que me atendeu e hoje estamos iniciando essa parceria entre a Prefeitura e o Estado. Começamos pelo Canal e vamos entregá-lo limpo e desassoreado para os moradores terem acesso à Baía de Guanabara”, afirmou o prefeito Renato Cozzolino.
Inicialmente, a parceria contempla dois rios: Canal e Roncador, com o uso de uma escavadeira de longo alcance e três caminhões para dar suporte à operação. Serão desassoreados cerca de 6km em ambos os trechos, e o Inea prevê que 70 mil m³ de sedimentos sejam retirados.
“O Inea e a Secretaria do Ambiente estão de mãos dadas com a Prefeitura de Magé para entregar à população o desassoreamento e a limpeza dos corpos hídricos da região. A princípio, vamos fazer o Canal de Magé com mais de 3 km de extensão que desemboca na Baía de Guanabara, depois faremos outros corpos hídricos, como o rio Roncador, que tem uma forte demanda na região”, explicou o secretário estadual do Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha.
De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, Silvio Furtado, a ação deve contemplar outros rios e canais da cidade. “Solicitamos a limpeza de vários rios e acredito que eles vão nos atender, começamos pelo Canal e depois para o Roncador. Essa obra deve durar de dois a três meses e depois partiremos para outros rios, porque isso é de suma importância para o município. Isso é um marco, porque tem uns 10 a 15 anos que não fazem a limpeza efetiva dessa região”, destacou Silvio.
Quem mora na região agradece pela intervenção. Cláudio Eduardo, de 51 anos, nasceu no bairro e ressalta a importância do desassoreamento. “A gente que trabalha na área da pesca quer investir adquirindo outros barcos, mas a gente fica com receio, porque a condição do rio não nos favorece para trabalhar. Com os rios assoreados, os barcos batem e as hélices quebram. Isso dificulta muito o trabalho e acabamos não investindo, mas tenho certeza que agora vai dar certo, muitos prefeitos começaram e não terminaram, mas pela estrutura que vi, vai sair”, finalizou o empresário do ramo da pesca.