Rio
Guarda Municipal participa de campanha contra o uso do cerol na cidade
Mobilização contou com cerca de 300 motociclistas em ato simbólico pelas vítimas das linhas cortantes em pipasA Guarda Municipal do Rio participou na manhã deste domingo, dia 13, da campanha Cerol Mata, que reuniu cerca de 300 motociclistas em motociata pelas ruas da cidade e em ato simbólico na Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio.
Os organizadores da campanha pedem a criminalização do uso do cerol e da linha chilena nas pipas em todo o país. A mobilização ocorreu simultaneamente em outras 27 cidades de diferentes estados.
Ao todo, 32 agentes do Grupamento de Guardas Motociclistas (GGM) e do Grupamento Especial de Trânsito (GET) atuaram no apoio operacional ao evento desde a concentração das motos, na sede da Guarda Municipal, em São Cristóvão.
Do total de agentes, 25 são motociclistas e efetuaram o balizamento seguro do trânsito durante todo o percurso do comboio, que seguiu para a Avenida Atlântica, em Copacabana, onde ocorreu ato simbólico com pipas pretas em memória das vítimas na altura do Posto 5.
No município do Rio é proibido o uso e a comercialização das linhas chilena (composta de quartzo e óxido de alumínio), de cerol (mistura de pó de vidro com cola de madeira) ou de outros materiais cortantes em pipas, papagaios, pandorgas e semelhantes.
“Essa campanha é muito importante para alertar a população sobre o perigo dessas linhas cortantes, que podem causar a morte. No patrulhamento de rotina, o guarda municipal apreende quando flagra esse tipo de produto sendo utilizado ilegalmente nas pipas” – afirmou o comandante da Guarda Municipal, inspetor geral José Ricardo Soares.
Idealizada por Leo Ferreira em 2014, a campanha busca soluções para acabar com o uso e a venda dos produtos na cidade e já conseguiu influenciar na aprovação de duas leis estaduais (nº 7.784 de 13/11/2017 e nº 8.478, de 19/07/2019) e uma municipal (nº 1.834 de 18/04/2016), que instituiu 14 de dezembro como dia da campanha Cerol Mata. A lei nº 8.478 prevê multa de R$ 342,11 pela compra, uso, porte ou posse dos materiais. A legislação anterior punia apenas o comerciante e o fabricante do cerol.
“O cerol tem mutilado pessoas, ceifado vidas de crianças, idosos, pássaros, motociclistas e ciclistas. Queremos que a sociedade entre nessa luta conosco para dar um basta no cerol e na linha chilena. Não podemos permitir que uma suposta brincadeira de pipas tire a vida das pessoas” – declarou Oleglier de Andrade, coordenador da campanha.