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Bandidos de dentro das cadeias são acusados de extorquir empresários e donos de escolas

Algumas vítimas, com medo, optaram por fechar seus negócios

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Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio (Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil)
Drogas estavam na sala de advogados de Bangu 3, no Complexo de Gericinó (Foto: Reprodução)

(Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil)

Pequenos comerciantes e donos de escolas de diferentes pontos do Rio de Janeiro, estão entre os alvos de uma quadrilha que ameaçava realizar ataques aos estabelecimentos localizados em diversas regiões do estado.

O golpe que era praticado de dentro das unidades prisionais do Rio, foi descoberto após o trabalho de investigação da Polícia Civil.

Segundo o inquérito, os detentos utilizavam telefones celulares para ligar de dentro das celas, para empresários e diretores de unidades de ensino exigindo quantias em dinheiro para a não realização de ataques contra esses espaços.

As investigações, que tiveram início no ano de 2019, contaram com o rastreamento das contas correntes beneficiárias dos depósitos. De acordo com a Delegaica da Tijuca, que investiga o caso, com base no caminho das transações bancárias, chegou-se à atuação de detentos.

Os dados levantados pelos policiais mostraram que os presos se se utilizavam, inclusive, de parentes para o recebimento das quantias depositadas pelas vítimas da quadrilha.

Ao longo das investigações, alguns empresários chegaram a fechar seus estabelecimentos com medo de eventuais represálias anunciadas pelos criminosos, outros restringiram o horário de seu funcionamento, o que causou um prejuízo considerável nas contas desses espaços.

Na quinta-feira (03), os policiais estiveram nas unidades prisionais da Secretaria de Administração Penitenciária, e conseguiram apreender 3 aparelhos celulares e 4 chips telefônicos.

As investigações seguem em andamento porque a Polícia acredita que o número de vítimas é maior do que os casos registrados nas delegaciais.