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Estudo da UFRJ aponta descoberta de quatro novas linhagens da covid-19

Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade alertou sobre segunda onda de casos

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Fonte: Divulgação Nupem

Fonte: Divulgação Nupem

Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) descobriram quatro novas linhagens diferentes do vírus causador da covid-19, em Macaé, no Norte Fluminense. A pesquisa foi realizada pela a equipe do Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade (Nupem). E, segundo a instituição, já é possível dizer que o município vive uma segunda onda de infecções pelo novo coronavírus. Uma das hipóteses dos pesquisadores é de que as mutações possam alterar a evolução da doença, o índice de infecção e a letalidade.

Segundo o grupo de pesquisadores, em abril todos os genomas sequenciados eram da linhagem predominante no Brasil, enquanto no final de agosto 20% dos sequenciamentos eram da linhagem oriunda do surto italiano durante a primeira onda da pandemia, e que teve a frequência gradualmente aumentada ao longo dos meses em Macaé.

De acordo com a universidade, nos próximos meses, esses dados serão estudados com mais detalhes. “Todo este trabalho de sequenciamento e acompanhamento da evolução das linhagens de SARS-CoV-2 permitirá compreender a dinâmica do estabelecimento de novas linhagens no município e analisar suas consequências para a pandemia, além de contribuir com a análise da eficácia das futuras vacinas”, relatou o diretor do Nupem, Rodrigo Nunes da Fonseca, acrescentando que já foi possível identificar diversas mutações nas sequências de RNA dos vírus, assim como uma possível interação entre as proteínas deles e das células humanas.

Foram analisadas mostras genéticas completas de pacientes positivos para COVID-19 de 60 bairros. O Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade da UFRJ, que atingiu a marca histórica de 10 mil testes moleculares da COVID-19 por meio da técnica conhecida como PCR (Reação em Cadeia da Polimerase), alertou sobre segunda onda de casos.