Brasil
TIM cria teclado consciente contra o racismo
Operadora oferece dispositivo para alertar sobre o uso de palavras preconceituosas, com explicação sobre sua origem racista e corretor para substituí-lasO poder para banir expressões e verbos que carregam conotações racistas está na ponta dos dedos. A TIM acaba de lançar um dispositivo para promover diariamente a consciência negra e o respeito à diversidade no Brasil. O aplicativo Teclado Consciente TIM alertará o usuário sobre o uso de palavras preconceituosas, tal como um corretor ortográfico social, explicando porque são consideradas assim e propondo a sua substituição por opções que não reforcem o racismo social.
O aplicativo estará à disponível a partir desta sexta (20) para smartphones de qualquer operadora. Para usá-lo, os clientes da TIM só precisarão baixar o app do teclado de graça nas lojas de aplicativos para iOS e Android.
O teclado será divulgado em uma campanha digital com um time de 12 influenciadores negros de diversos segmentos, que vão se unir para produzir conteúdo. São destaques nomes como o humorista Yuri Marçal; a pesquisadora Winnie Bueno; Murilo Araújo, do canal Muro Pequeno; Gleici Damasceno, campeã do BBB18; o fotógrafo Roger Cipó; e a cantora Lellê, dentre outros. IZA, embaixadora da marca, também participará do projeto, assim como a digital influencer Camilla de Lucas, da equipe da TIM no TikTok.
“A educação é fundamental na evolução para uma sociedade mais inclusiva. Queríamos colaborar nessa jornada, usando a nossa tecnologia para alcançar mais pessoas. Foi daí que surgiu a ideia de criarmos o teclado, uma ação criada pela nossa agência, a HavasPlus, em parceria com acadêmicos e profissionais negros da consultoria Vírgula. Retirar expressões racistas do nosso vocabulário reforça a empatia, a capacidade de se colocar no lugar do outro e construir um futuro sem preconceitos”, destaca Ana Paula Castello Branco, diretora de Advertising e Brand Management da TIM.
Inclusão no mercado de trabalho
O lançamento do Teclado Consciente TIM está conectado ao programa de diversidade e inclusão da TIM. A operadora vem avançando cada vez mais nessa jornada e lançou, há três meses, seus grupos de afinidade — incluindo um com o tema racial — com 500 colaboradores para apoiar a companhia na evolução para um ambiente corporativo sempre mais inclusivo.
Uma das iniciativas focadas na temática racial é o novo Programa de Estágio, com meta de preencher 50% das 300 vagas com pessoas negras. As inscrições estão abertas até o próximo dia 30 no site www.estagiotim.com.br, para estudantes com previsão de formatura a partir de junho de 2022. Buscando gerar ainda mais oportunidades para grupos socialmente minorizados, a companhia revisou o perfil e pré-requisitos do programa: não há restrições relacionadas às instituições de ensino, cursos de graduação e o conhecimento de idiomas foi flexibilizado. A empresa oferecerá, inclusive, um curso básico online de inglês para todas as pessoas inscritas no processo seletivo, mesmo que não sejam aprovados na fase final.
Mais de um terço dos funcionários da TIM são pessoas negras e o objetivo da companhia é ampliar essa representatividade, inclusive em cargos de liderança –— que atualmente é de 13% em posições de gerência e diretoria.
“As pessoas negras são 55,8% da população do país, por exemplo, mas ainda não têm representatividade expressiva nas grandes empresas. Isso significa que, para aumentar a presença de pessoas negras, também em posições de liderança, temos que começar desde o início repensando critérios e processos que podem significar barreiras de entrada. O novo programa de estágio da TIM foi pensado justamente nesse sentido e está alinhado ao atual propósito da marca, pautado nos valores de liberdade, respeito e coragem”, conta a vice-presidente de Recursos Humanos da TIM, Maria Antonietta Russo.
Além do trabalho interno com os grupos de afinidade, a TIM vem buscando, cada vez mais, gerar reflexões importantes para a sociedade em ambientes de amplo alcance. Um exemplo é o TIM Convida — evento digital promovido pela operadora para dialogar sobre diversidade e inclusão em seu canal no YouTube — e que já abordou temas como paternidade e masculinidade, equidade de gênero e mercado de trabalho para o público LGBTI+.
O TIM Convida Raça aconteceu no último dia 11 e fez parte do TIM Talks, maior programa de desenvolvimento e comunicação da TIM, que também trouxe um painel dedicado ao tema feminismo negro. Em julho, em alusão ao Dia Nacional Combate à Discriminação Racial (3/7) e ao Dia da Mulher Negra (25/7), os influenciadores Roger Cipó e Nátaly Neri assumiram o comando do perfil da TIM no Twitter, com publicações de combate ao racismo.
O novo Acordo Coletivo de Trabalho, firmado pela empresa no fim de setembro, também evoluiu nas novas cláusulas sociais focadas em diversidade e inclusão, reforçando o posicionamento de não tolerância a qualquer tipo de discriminação, incluindo a racial, e adicionando licenças e ausências específicas para vítimas de violência motivadas por racismo, além do apoio e suporte jurídico e psicológico já previstos.
Em outubro, a TIM também apoiou e participou do Afro Presença, evento criado pelo Ministério Público do Trabalho e realizado pelo Pacto Global da Organização das Nações Unidas para promover a inclusão de universitários negros no mercado de trabalho. Durante os três dias de programação online, executivos da TIM estiveram em um estande virtual, apresentando a empresa àqueles estudantes, falando sobre temas como negócio, tecnologia, evolução dos serviços e ofertas, clima, engajamento, diversidade e inclusão e responsabilidade social. A empresa também promoveu uma roda de conversa sobre carreira e representatividade negra com profissionais da TIM.