Política
Por unanimidade, Tribunal Especial Misto aprova continuidade do processo de impeachment de Witzel
Também será contado o prazo de dez dias para que ele e a família desocupem a residência oficial, o Palácio Laranjeiras
(Foto: Reprodução)
O processo de impeachment contra o governador afastado Wilson Witzel (PSC) vai prosseguir. O Tribunal Especial Misto, em sessão realizada nesta quinta-feira (05), decidiu por unanimidade pela admissibilidade.
Os dez componentes do tribunal, formado por cinco deputados estaduais e cinco desembargadores, acompanharam o voto do relator, o parlamentar Waldeck Carneiro (PT). O julgamento teve duração de aproximadamente quatro horas.
O relator espera entregar na próxima segunda-feira (09) acórdão do caso. Ele deve ser publicado na terça-feira (10). A partir daí, os advogados de Witzel vão ter 20 dias para preparar uma nova peça de defesa. Também será contado o prazo de dez dias para que ele e a família desocupem a residência oficial, o Palácio Laranjeiras.
Witzel também vai ter o salário reduzido em um terço durante o tempo de afastamento. O prazo do processo vai depender da perícia que vai ser feita. Mas a expectativa é de que ele seja encerrado entre os meses de janeiro e fevereiro de 2021.
Por meio das redes sociais, o governador afastado criticou a decisão do Tribunal Misto, dizendo que há “dois pesos e duas medidas” por parte dos deputados que compõe a Corte, alegando não existir “o mesmo rigor político” por parte dos parlamentares “com seus pares também acusados e investigados”. “Infelizmente, a política tem usado o processo penal e o impeachment para afastar aqueles que não conseguem derrotar nas urnas”, escreveu Witzel.
Veja o pronunciamento de Wilson Witzel no Twitter abaixo:
Nem mesmo Jesus Cristo teve um julgamento justo, mas cumpriu seu propósito. Não tenho dúvida de que a verdade prevalecerá. Infelizmente, a política tem usado o processo penal e o impeachment para afastar aqueles que não conseguem derrotar nas urnas.
— Wilson Witzel (@wilsonwitzel) November 5, 2020
Não vejo o mesmo rigor político dos deputados com seus pares também acusados e investigados. Dois pesos e duas medidas.
— Wilson Witzel (@wilsonwitzel) November 5, 2020
