Hupe atinge marca de 200 cirurgias robóticas na semana comemorativa de 30 anos do SUS

Foto: Dr. Ronaldo Damião

A tecnologia robótica em procedimentos cirúrgicos vem se tornando uma realidade na área da Saúde em diversas especialidades médicas, trazendo muitos benefícios para médicos e pacientes.  Na semana que o SUS comemora os 30 anos de existência, o Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe-Uerj), unidade vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI) atingiu, no início deste mês, a expressiva marca de 200 procedimentos cirúrgicos robóticos já realizados desde a inauguração do Programa de Cirurgia Robótica, em fevereiro de 2019.

A robótica na medicina tem se mostrado uma parceira de grande sucesso. Os aspectos positivos resultantes da utilização da tecnologia robótica vêm sendo muitos, entre eles: a visão em 3D e alta definição, maior precisão, melhor ergonomia cirúrgica e menor tempo de recuperação. A secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), Maria Isabel de Castro , ressalta que a  marca de 200 cirurgias robóticas já realizadas pela unidade é prova de que o SUS funciona bem com a união da tecnologia e profissionais capacitados e comprometidos.

O diretor geral do Hupe, o médico urologista, Ronaldo Damião, salienta que o robô trouxe para a unidade além da tecnologia, o aumento do movimento cirúrgico e a inclusão da cirurgia de alta complexidade, que é o papel principal do hospital dentro da rede de saúde. “O Programa de Cirurgia Robótica possibilitou maior fluxo de leitos para o hospital devido à maior rapidez dos procedimentos. Com isso, atendemos melhor à população fluminense, com mais qualidade e excelência.”, conclui Ronaldo Damião.

As cirurgias de alta complexidades realizadas por robôs utilizam uma técnica minimamente invasiva, com menos dor, propiciando diagnósticos mais rápidos e descobertas de doenças ainda na fase inicial. O objetivo principal é proporcionar tratamento de ponta aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), atendendo de forma mais humanizada e moderna, além da produção de conhecimentos científicos para treinar e formar profissionais especializados.

O diretor médico do Hupe, Rui de Teófilo e Figueiredo, ressalta que os grandes atrativos dessa tecnologia são segurança e precisão que rendem uma recuperação mais rápida, com menos dor. “O uso do robô favorece a realização de cirurgias de alta complexidade com maior segurança para o paciente e menor risco de complicações, além de permitir os movimentos com mais destreza. A cirurgia robótica veio para ficar, não só aqui no Brasil mas no mundo todo. Os robôs estão cada vez mais elaborados e mais específicos. É possível que caminhemos para ter robôs específicos para cada tipo de cirurgia. À medida que isso for avançando, os custos também cairão. Este programa coloca o Hupe em nível de igualdade com as mais renomadas instituições no mundo”, afirmou o Doutor Rui.

A capacidade hoje do Hospital Universitário Pedro Ernesto é de realizar duas cirurgias robóticas por dia. O procedimento realizado pelo robô é rápido, mas a colocação e preparação do paciente, assim como a reesterilização do material são ações demoradas. O equipamento, Robô modelo Da Vinci com plataforma Xi, pode ser utilizado nas áreas de urologia, cirurgia geral, cirurgia torácica e ginecológica.

Durante a cirurgia, um robô é controlado pelo médico, que garante a precisão, durante o procedimento. Monitores acoplados ao sistema possibilitam a visão da operação por toda a equipe médica, permitindo a participação do cirurgião auxiliar no procedimento e o sucesso total nas cirurgias.

O aposentado Zelio Marques Teixeira da Nóbrega, 66 anos, passou por uma cirurgia urológica e pode comprovar os excelentes resultados das cirurgias de alta complexidade realizadas no Hupe. “Eu acho que se fosse uma cirurgia convencional eu não estaria do jeito que estou, porque eu estou me sentindo bem, tive uma noite ótima, e um dia depois já estou andando. Sondei fazer essa cirurgia em um hospital particular e eu estou muito satisfeito com todo o atendimento que recebi nesta unidade”, concluiu seu Zelio.