Mala com dinheiro é encontrada durante operação contra a corrupção em contratos de saúde no DF

(Foto: Reprodução)

Uma mala com dinheiro foi apreendida, na manhã desta quinta-feira, durante operação deflagrada pelo Ministério Público do Distrito Federal e escondia cerca de R$ 250 mil. A operação “Alto Escalão” é sobre a investigação de compra de leitos hospitalares. O ex-governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz, (PT), o ex-secretário de Saúde Rafael Barbosa, e o presidente da Instituto Brasileiro para o Bem-Estar do Servidor Público, Luiz Carlos do Carmo, que é homônimo de um senador de Goiás.

A mala com reais e dólares estava na casa de Adriana Aparecida Zanini, que é vice-presidente do IBESP. O pagamento da propina teria sido realizado em 2014, ainda na gestão de Agnelo. A ação é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado. Foram cumpridos 13 mandados de busca e a apreensão.  Segundo os promotores, para que o negócio prosperasse, o dono da empresa Hospimetal teria pago R$ 462 mil a agentes que atuariam em nome de ocupantes de cargos do alto escalão do Governo de Agnelo.

O valor equivale a 10% do montante total do contrato. A vantagem indevida teria sido paga por meio de um contrato fictício de publicidade e marketing firmado entre a empresa que pretendia vender os produtos à Secretaria de Saúde do Distrito Federal e o IBESP. Por conta do pagamento, a empresa foi contratada pela Secretaria de Saúde em 2014. O esquema ilícito havia sido desmantelado pelo Gaeco, que ofereceu denúncia contra servidores públicos e o proprietário da empresa.

A operação desta quinta-feira é um desdobramento da “Operação Checkout”, deflagrada em junho de 2018, e que cumpriu 16 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, no Rio de Janeiro e em São Paulo.