Botafogo
Exclusivo! Confira a entrevista com Walmer Machado, candidato à presidência do Botafogo
Entrevista foi ao ar no Super Futebol Tupi deste domingo (05)Advogado, 62 anos, 30 anos de Botafogo, sócio proprietário, conselheiro, trabalhou de forma terceirizada defendendo as causas do Botafogo nos processos da Odebrecht e Loco Abreu, Walmer Machado foi o segundo oficialmente a Lançar sua candidatura à presidência do Botafogo. As eleições estão previstas para o fim de 2020. Walmer lidera a chapa “Mais tradicional”. A reportagem da Super Rádio Tupi entrevistou o candidato. Walmer Machado comentou sobre o projeto Botafogo S/A que está sendo elaborado pelo clube.
“Andaram colando nas minhas costas a verdadeira fake que sou contra a S/A. Como pode um advogado de natureza empresarial com 33 anos de militância nos tribunais ser contra uma S/A, que exatamente vive do ambiente empresarial? Seria uma incongruência. Exatamente por conta disso já apresentei um investidor de natureza inglesa mundialmente conhecida ao Botafogo de Futebol e Regatas. Não sei o que o Botafogo vai tirar de proveito disso. Como eu percebo que a questão do Botafogo é emergencial e não vejo as pessoas agirem, escuto muito há um ano um projeto que conseguiram levar ao torcedor botafoguense uma ideia de certa forma muito boa, mas até agora a gente não sabe de nada. Quis também dar minha colaboração. Se vão interpretar isso como político podem interpretar, mas uma coisa é certa: O documento é oficial. Uma empresa daquele tamanho que administra bilhões de dólares, Euros, não vai expor sua grife se a coisa não for séria. A S/A é fundamental não somente para o Botafogo. Possibilita à entrada de capital, investimentos diversos que é fundamental” disse ao Tupi.fm.
O clube tem hoje uma dívida estimada que pode chegar ao patamar de R$ 1 bilhão. A criação da S/A prevê a entrada de investidores que prometem sanear o Botafogo e ter dinheiro em caixa para formar grandes times. Walmer Machado respondeu o que pensa do fator financeiro e como vai poder ajudar o clube.
“É imprescindível que implementemos o quanto antes um projeto de salvação financeira responsável, transparente, seja através de uma S/A ou a chegada de investidores. Protocolamos ao Botafogo de Futebol e Regatas um documento que será avaliado para que o Botafogo possa exercitar possíveis parcerias com determinado investidor. Temos hoje tratativas avançadas com investidores em uma S/A, com representantes de fundos que virão para contribuir com o saneamento das dívidas. Não vamos esperar o resultado das eleições para apresentar empresas, não dá. Antecipamos um investidor ainda nesse momento pré-eleitoral. Importa para nós botafoguenses é que estamos fazendo um movimento de fora pra dentro com pessoas que ainda não foram experimentadas. São pessoas que realmente amam o Botafogo e querem de alguma maneira se aproximar do clube para poder ajudar. O ambiente hoje amadorístico não comporta mais. Rigorosamente falando a S/A é o que tem de melhor. O investidor nosso quer ser investidor do Botafogo de Futebol e Regatas. Contempla sanear dívidas, investir forte no futebol e nos esportes amadores” analisou Walmer, que entregou na última semana uma carta do banco Alantra interessado em estruturar as finanças do clube.
Sendo concretizado o projeto de transformação em clube-empresa, o futebol do Botafogo vai passar a ser gerido nas mãos dos futuros investidores. Walmer Machado falou o que pensa sobre o futebol.
“Pelas informações do noticiário porque a gente não sabe, eu não conheço o projeto para falar, estaria adivinhando, a maioria dos botafoguenses estão sonhando porque estão adivinhando também. A não ser que alguém que esteja falando conheça os projetos e tenha a confidencialidade fazendo parte do grupo que tenha a informação. 90% do clube não tem essa informação. Vamos supor se já estiver pronto o modelo vai facilitar a engrenagem. Se não tiver pronto terá que ser implementado e nós já pensamos em um investidor único. Teremos um futebol pilotado por pessoas de naipe. Vou ter dar o nome: Carlos Alberto Lancetta. Três Copas do Mundo, três olimpíadas, foi atleta do Botafogo, botafoguense apaixonado de carteirinha e uma referência de probidade, profissionalismo, decência, urbanidade e respeitabilidade. Nós temos nosso piloto do futebol que tem o acesso, expertise para fazer uma boa equipe. Com um investidor de peso que nós já apresentamos, caso ganhemos a eleição certamente isso vai ser concretizado, eu enxergo que nós vamos ter uma mudança bem profissional muito eficaz e vamos ganhar títulos. Uma das coisas que conversei com a Lancetta foi ganhar título brasileiro, da Copa do Brasil e não podemos ser mais dos mesmos. Não podemos entrar para sermos esfoliados, xingados e não dando alegria que essa massa permite. Agora, não posso falar o que vai acontecer porque estamos em uma pandemia e não conheço o projeto. Não posso opinar em uma coisa que não conheço. Existem pessoas que vendem com ardor que pra mim eles devem conhecer. Se não conhecem não passam de meros palpiteiros porque o torcedor merece respeito. A coisa não foi totalmente clara, fora ter participado de uma exposição bem feita pelo Laércio Paiva, mas não deu para sentir pormenorizadamente a estrutura do projeto” respondeu Walmer, que comentou também o modo de agir com os esportes olímpicos do Botafogo caso seja eleito presidente.
“Nós temos um projeto em que a marca Botafogo tem que ser evidenciada. Não é só futebol, tem que investir também nos esportes olímpicos. Nosso basquete, nosso vôlei, Remo, que geram novos sócios e novas receitas. É mídia e o Botafogo é um gigante adormecido nesse momento, mas esperamos resgatar de forma que retorne ao seu status que significa dizer que nunca deveria ter saído do patamar em que esteve. Tenho que parabenizar o Gláucio Cruz (diretor de esportes olímpicos) e o Alexandre Brito (VP de esportes olímpicos) porque com o esmero deles conseguiram uma verba na TIM para fazer com que o basquete ressurgisse e deram o mais precioso título sul-americano. Ter o investidor dentro do desenho que estamos construindo vai apoiar o basquete. Nós temos muitas verbas incentivadas, contamos com pessoas no grupo de um naipe que querem ajudar realmente a investir e subsidiar o basquete, vôlei e o Remo. Eu entendo que cada um desses segmentos precisa ter sua autonomia administrativa e financeira. A história de acabar com isso não passa nos nossos planos”
Ouça a entrevista na íntegra que foi ao ar no programa Super Futebol deste domingo (05)