Brasil
Quase 10 milhões ficaram sem salário devido à pandemia em maio
Os números são da pesquisa Pnad Covid-19 no mês de maio, divulgada nesta quarta-feira pelo IBGEO Brasil tem 84,4 milhões de trabalhadores ocupados e, destes, cerca de 19 milhões (22,5%) estavam afastados do trabalho, no mês de maio, durante a pandemia de coronavrírus. Entre os afastados do próprio serviço, 9,7 milhões ficaram sem a remuneração durante o mês. Significa dizer que 11,5% da população ocupada não recebeu o salário no mês passado.
Os números são da pesquisa Pnad Covid-19 no mês de maio, divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE. O Nordeste apresentou o maior percentual (26,6%) de pessoas afastadas do trabalho devido ao distanciamento social, enquanto a região Sul foi a menos afetada (10,4%). Entre as categorias de ocupação abordadas pela Pnad Covid-19, os maiores percentuais de pessoas afastadas devido à pandemia estavam entre os trabalhadores domésticos sem carteira (33,6%), os empregados do setor público sem carteira (29,8%) e os empregados do setor privado sem carteira (22,9%).
Em relação aos grupamentos de atividade, o da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura registrou o menor percentual de pessoas afastadas (6,8%), enquanto outros serviços (37,8%), serviço doméstico (28,9%) e alojamento e alimentação (28,5%) tiveram maior proporção de pessoas afastadas do trabalho.
O levantamento constatou também que 27,9% da população ocupada (ou 18,3 milhões de pessoas) trabalharam menos do que a sua jornada habitual, enquanto cerca de 2,4 milhões de pessoas trabalharam acima da média habitual. A média semanal de horas efetivamente trabalhadas (27,4h) no país ficou abaixo da média habitual (39,6h).
Efeito similar foi observado no rendimento efetivo dos trabalhadores (R$ 1.899), que ficou 18,1% abaixo do rendimento habitual (R$ 2.320). Em maio, a Pnad Covid-19 estimou que o país tinha 160,9 milhões de pessoas com 14 anos ou mais, a chamada população em idade de trabalhar.
A população na força de trabalho eram 94,5 milhões, dos quais 84,4 milhões eram ocupados e 10,1 milhões desocupados. A população fora da força de trabalho somava 75,4 milhões de pessoas.