Coronavírus
Vice-presidente geral do Fluminense, Celso Barros, critica encontro de Flamengo e Vasco com Jair Bolsonaro
Dirigente classificou a situação como "enorme desserviço à população"O vice-presidente geral do Fluminense, Celso Barros, foi mais um a criticar nas redes sociais a pressão de Vasco e Flamengo pela volta do futebol. Médico pediatra e ex-presidente da Unimed Rio, ele também já havia criticado o parecer do Ministério da Saúde que liberava a volta do futebol.
O posicionamento se deu após o encontro entre Rodolfo Landim e Alexandre Campello (presidentes de Flamengo e Vasco respectivamente) com Jair Bolsonaro para tratar sobre esse assunto.
Confira o texto de Celso Barros na íntegra:
“Hoje tomamos conhecimento de uma reunião em Brasília, dos presidentes do Flamengo e do Vasco, com o presidente Jair Bolsonaro.
Certamente ocorreu uma discussão sobre a volta do futebol no Brasil. Esses clubes, que tem um enorme número de torcedores, passaram para todos discurso contrário, a princípio, ao distanciamento social. Esta tem sido uma defesa do Governo Federal, que é contrária a todas as lideranças mundiais.
No Rio de Janeiro, que é a base desses dois clubes, as mortes não param de crescer. Em entrevista, o prefeito do Rio diz que não poderão existir treinos e convida os clubes a ouvirem a Bia, que contraiu o COVID-19 e graças a Deus já se recuperou. Bia era ou é a Secretária Municipal de Saúde. Salientou ainda que ela é rubro-negra.
Com todo o respeito, penso que o Vasco e o Flamengo prestaram um enorme desserviço à população carioca e brasileira, ao procurarem endossar que tudo isso não passa de uma “gripezinha” e que, no caso deles, significa retornar as atividades, desrespeitando os atletas, funcionários e suas famílias.
Que Deus nos proteja!”
Celso Barros está afastado dos atos políticos do Fluminense desde o ano passado após episódios negativos com o elenco que lutava contra o rebaixamento. Por outro lado, ainda usa sua influência na busca por patrocinadores.
Além de Celso Barros, o Botafogo também já havia criticado o encontro e a queda de braço para a volta do futebol através de Carlos Augusto Montenegro, um dos principais membros do comitê gestor do clube.