Rio
Competência, força e sensibilidade sobre trilhos
Mulheres ganham destaque em novas funções no MetrôRioAntes dominadas quase exclusivamente por homens, algumas funções hoje despertam cada vez mais o interesse também das mulheres. No MetrôRio, a rotina dos condutores dos trens nesse cenário já é uma realidade. Atualmente já são 24 mulheres conduzindo as composições nas três linhas da concessionária.
Uma delas é Irla Belo, que em 2018 ingressou no curso de formação para condutores com apenas 23 anos. Mãe de uma filha de dois anos, ela trabalhava como bilheteira na concessionária, mas já queria ir mais longe. O sonho estava traçado: conduzir um trem de metrô.
“Existe o preconceito, muitas pessoas diziam que, por ser mulher, eu não iria conseguir, mas eu fui atrás e estou aqui”, comemora Irla, que é colaboradora do MetrôRio há quatro anos.
As profissões escolhidas hoje pelas mulheres sinalizam uma mudança no mercado de trabalho. Este é o caso da supervisora da coordenação de tráfego automatizado, Josiane Duarte. Ela foi a primeira mulher a assumir esta função na história do MetrôRio, no ano passado.
Josiane tem hoje 14 colaboradores sob sua supervisão, e dentre suas responsabilidades estão monitorar e atuar com as equipes de manutenção responsáveis pelo atendimento emergencial e preventivo.
“Estar em um cargo nunca antes ocupado por uma mulher é desafiador e gratificante. Quebrar tabus não é fácil, mas é preciso. O que mais me traz alegria é o exemplo que estou dando para outras mulheres, elas podem chegar aonde quiserem”, afirma Josiane, que começou como estagiária na concessionária, há seis anos.
A supervisora de tráfego Ana Maria de Brito Lima, 43 anos, trabalha no MetrôRio há 12 anos. Ela iniciou carreira como bilheteira, ingressou no curso de condutora e chegou à supervisão de tráfego. Atualmente, lidera uma equipe de 20 pessoas e lembra os desafios vencidos ao longo da carreira.
“Somos aptas como qualquer homem e sou reconhecida pelo meu trabalho”, disse Ana Maria, que tem uma filha de 23 anos.