Rio
Mulher é presa por simular sintomas de coronavírus para ter atendimento prioritário em UPA do Rio
Claudete da Silva alegou que esteve em Hong Kong e foi submetida a protocolos internacionais para o tratamento do vírus. Ela foi presa por falsidade ideológica
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Foto: Divulgação
Policiais da 12ª DP (Copacabana) prenderam em flagrante uma mulher que simulou estar com coronavírus na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do bairro, na noite desta sexta-feira. Segundo os agentes, Claudete Maria Rosa da Silva inventou que havia retornado de uma viagem a Hong Kong, província autônoma da China, só para conseguir prioridade no atendimento.
“Claudete, por um motivo absolutamente egoísta, concentrou a atenção e os cuidados de inúmeros profissionais da saúde que estavam atuando na UPA neste dia, mantendo por horas a narrativa fantasiosa de um recente retorno de uma viagem a Hong Kong, provocando a utilização de protocolos internacionais para o combate ao vírus, inclusive a comunicação imediata da suspeita aos órgãos competentes”, contou a delegada titular da 12ª DP, Valéria Aragão.
O fingimento desencadeou a utilização de protocolos internacionais para o tratamento do vírus. A paciente foi, de imediato, isolada e submetida a uma série de exames, tendo insistido durante horas na falsa história sobre sua viagem como babá de uma família àquela localidade. A Vigilância Sanitária estadual e a municipal foram informadas sobre o caso e notificaram o Ministério da Saúde.
Claudete foi presa dentro da UPA após ser desmentida por familiares, que alegaram que ela não possui sequer passaporte e jamais viajou para fora do Brasil. Confrontada, a mulher confirmou que teria mentido sobre a viagem para ter prioridade no atendimento. Ela foi autuada por falsidade ideológica e no artigo 41 da Lei de Contravenções Penais por provocar alarma ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto.
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